ANÁLISE GENOTÓXICA EM RHAMDIA QUELEN (SILURIFORME), APÓS CONTAMINAÇÃO POR INJEÇÃO INTRAPERITONEAL COM CHUMBO II E NANOPARTÍCULA DE DIÓXIDO DE TITÂNIO.
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Aluno de Iniciação Científica: Laís Fernanda Oya Silva (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Ciências Biológicas (N)
Orientador: Marta Margarete Cestari
Departamento: Genética
Setor: Setor de Ciências Biológicas
Área de Conhecimento: 20206003
RESUMO
Nanopartículas são potencialmente atrativas às indústrias devidas suas propriedades físico-quimicas, porém as consequências da sua presença em ambiente aquático ainda são desconhecidas. O chumbo, outro elemento muito utilizado pelas indústrias, é tóxico e pode causar danos aos organismos em níveis histológicos. O trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos genotóxicos da Nanopartícula de Dióxido de Titânio (NpTiO2) e Chumbo Inorgânico (PbII), em sangue e tecido cerebral na espécie Rhamdia quelen, sendo esta considerada nativa e de fácil manutenção em cativeiro. Foi realizado o bioensaio agudo (96 horas) via injeção intraperitoneal, no qual 135 exemplares foram divididos em 10 grupos: 2 controles negativos, 5ng/g NpTiO2, 50ng/g NpTiO2, 500ng/g NpTiO2, 21mg/g PbII, 5ng/g NpTiO2 + 21mg/g PbII, 50ng/g NpTiO2 +21mg/g PbII, 500ng/g NpTiO2+21mg/g PbII, Controle Positivo (0,5mg/g metilmetanosulfonato). Após 96 horas de administração da injeção intraperitoneal foram coletados sangue e cérebro para a realização do teste do micronúcleo písceo e alterações morfológicas nucleares e o ensaio cometa, respectivamente. Foi observado que grupo PbII não apresentou genotoxicidade em tecido cerebral ou em eritrócitos quando comparado com o grupo controle negativo. Apesar do chumbo ser um agente neurotóxico, não foi observada sua genotoxicidade possivelmente pelo curto tempo de exposição ao contaminante ou pelo bioindicador utilizado. Todos os grupos de associação entre Np e PbII não apresentaram diferenças significativas quando comparados entre si, tanto no ensaio cometa do tecido cerebral quanto na análise de alterações morfológicas (AMN) totais nos eritrócitos. O grupo contaminado com 5ng/g NpTiO2 apresentou maiores danos tanto em cérebro quanto em eritrócito. Entre as AMN mais observadas no grupo de 5ng/g NpTiO2 destacou-se o tipo vacuolated. Provavelmente, devida a baixa concentração de nanopartículas, a capacidade de agregação das mesmas foi reduzida, consequentemente sua eficiência de entrada nas células e distribuição no organismo foi maior, possibilitando danos nucleares.
Palavras-chave: Nanopartículas, Peixe, Genotoxicidade