INDUÇÃO DE SINTOMAS DA DOENÇA MANCHA PRETA DOS CITROS PARA ESTUDO DA EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE BIOLÓGICO DO FUNGO PHYLLOSTICTA CITRICARPA
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Aluno de Iniciação Científica: Renata Amorim (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Química (MT)
Orientador: Chirlei Glienke
Colaborador: Alan de Oliveira Silva
Departamento: Genética
Setor: Setor de Ciências Biológicas
Área de Conhecimento: 20202008
RESUMO
A citricultura é um dos mais importantes setores do agronegócio brasileiro e o país é o maior produtor mundial de laranja e produtor do suco desta fruta. A maior parte desta produção destina-se à exportação, por isso é importante que o fruto in natura apresentese saudável. Pragas e doenças causam ameaças à citricultura, trazendo prejuízos à produção e levando a erradicação de milhões de plantas nos parques citrícolas do país. O fungo Phyllosticta citricarpa é o fitopatógeno responsável pela doença Mancha Preta dos Citros (MPC) que afeta várias espécies de citros de importância econômica. Causa o aparecimento de lesões no fruto que o depreciam comercialmente e diminuem sua aceitação pelo mercado consumidor e afetam a produção. As exportações são prejudicadas porque existem barreiras fitossanitárias em países que são livres da doença. Para o seu controle, são usados agentes químicos, que trazem prejuízos ambientais e à saúde humana. Nesse contexto, visa-se o controle biológico. Entretanto, para que o potencial de fungos endofíticos neste controle seja avaliado, necessita-se de protocolos de indução de sintomas de MPC em frutos e em ramos em condições de laboratório. Assim, no presente projeto objetivou-se tal desenvolvimento. As atividades desenvolvidas envolveram manutenção de linhagens de microrganismos endofíticos a serem utilizados no controle biológico, manutenção das linhagens de P. citricarpa selvagem e transformantes e realização de testes de indução de sintomas de MPC em frutos e ramos. Estes testes foram realizados utilizando-se metodologias com e sem injúria em frutos cítricos destacados, inoculando o fungo P. citricarpa que gerou lesões na casca dos frutos. Áreas delimitadas na casca foram fotografadas em diferentes intervalos de tempo, de 7 a 45 dias, em busca da presença de sintomas de MPC. Obtevese sucesso na obtenção de sintomas quando injúrias foram utilizadas. Quando foi utilizada metodologia sem injúria, ocorreu a formação apenas de microlesões. O protocolo de indução de sintomas em ramos destacados está sendo otimizado. Estão sendo utilizados ramos de plantas de laranja cultivadas em condições axênicas e também provindas do campo. Para tais experimentos utilizou-se o transformante LGMF06-2 de P. citricarpa que expressa um gene repórter que codifica uma proteína verde fluorescente. Assim, após realização dos inóculos, é possível garantir que as lesões formadas foram devido aos esporos inoculados nos experimentos. Isso é garantido pela visualização em microscopia de fluorescência e PCR.
Palavras-chave: Phyllosticta citricarpa, Controle Biológico, Epidemiologia