AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE PROLINA EM PLANTAS DE TRIGO EM ASSOCIAÇÃO COM BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS SUBMETIDAS AO ESTRESSE OSMÓTICO IN VITRO
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Aluno de Iniciação Científica: Kléber Saatkamp (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Tecnologia em Biotecnologia - Palotina (N)
Orientador: Eliane Cristina Gruszka Vendruscolo
Colaborador: Fernando Furlan, Jaina Lunkes, Andressa Estevam
Departamento: Genética
Setor: Campus Palotina
Área de Conhecimento: 20200005
RESUMO
Cerca de dois terços da população mundial tem o trigo (Triticum aestivum) e seus derivados como base de sua dieta alimentar diária, sendo uma das principais fontes de calorias e proteínas. Bactérias promotoras de crescimento vegetal (BPCV) podem aumentar a tolerância das plantas à seca. O objetivo deste trabalho foi estudar uma variedade comercial de trigo da COODETEC (CD 120) para verificar o efeito da BPCV em plântulas de trigo submtidas a estresse osmótico. As plântulas foram obtidas in vitro segundo protocolo de Neiverth et al. (2010). Após 28 dias de cultivo em meio MS, as plântulas foram transferidas individualmente para tubos de ensaio contendo meio MS sem fonte de Nitrogênio e com PEG 6000 (0,3MPa). Estas foram inoculadas e co-cultivadas com Azospirillum brasilense (A) (106 células) e/ou fertilização nitrogenada (Meio MS completo e MS sem fonte de N) totalizando 6 tratamentos: T1controle, com plântulas não inoculadas; T2inóculo (A); T3A +N ; T4-PEG;T5PEG +A; T6PEG +A +N. Foram avaliados a parte aérea da plântulas, o Teor Relativo de Água (TRA%), o Índice de Estabilidade de Membrana (IEM%), a massa fresca (g) depois de retirada e secagem com papel toalha, massa seca (g) após a mesma ser colocada em estufa de secagem à 65oC por 72h. E o conteúdo de prolina pelo método de Bates (1973) modificado. Como resultados obtidos, observou-se que o PEG atuou como agente osmótico, diminuindo o TRA ao menor índice (22%) correspondendo a 40% menor que o controle. A presença da bactéria e N em meio estressante com PEG (T5) permitiu a manutenção dos valores de TRA similares ao controle, demonstrando funcionar como um atenuador do estresse osmótico, embora diferenças maiores no IEM nos diferentes tratamentos não foram observadas. As maiores massas frescas de plantas foram observadas no T3 com a presença de A+N. Em relação à prolina, foram observadas diferenças entre os tratamentos avaliados sendo que tanto a presença da A + N (T3) e PEG (T4) e ambos (T6) determinaram aumentos nos teores de prolina na ordem de 45,5%; 119,29% e 200,3%, demonstrando que as plantas respondem aumentando os níveis de osmólitos na forma de aminoácidos (prolina). No T6 (A+PEG), os maiores aumentos de prolina apontam para o fato de que a planta também percebeu a bactéria como agente estressante. Estes dados são parciais e outros experimentos estão sendo realizados.
Palavras-chave: Bactéria Promotora de Crescimento, Escassez de Água, Prolina