LIANAS DA ÁREA DE FLORESTA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA
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Aluno de Iniciação Científica: Camila Cristina Silva Carpanese (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas - Gestão Ambiental - Palotina (MT)
Orientador: Juliano Cordeiro
Colaborador: Daniela Fumagalli, Jessica C. Kruger, Caleb R. Rudy Ramos
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Área de Conhecimento: 20000006
RESUMO
O conhecimento das espécies que integram a flora de um determinado local é fundamental para a caracterização da biodiversidade e com isso produzir informações científicas que venham ampliar os registros de ocorrência e distribuição dessas espécies em seus respectivos ambientes naturais. Diante do panorama atual de eliminação e substituição da vegetação as referências sobre dados florísticos são escassos, necessitando-se desta forma que estudos possibilitem registrar e ampliar as informações sobre a flora do Paraná. A região Oeste do Estado era ocupada pela Floresta Estacional Semidecidual e sofreu intenso processo de antropização nas últimas cinco décadas. O presente trabalho visou o levantamento florístico das espécies de lianas do remanescente da Floresta Estacional Semidecidual do Setor Palotina da UFPR localizada com coordenadas 24º 18' 44" S 53º 55' 16" W. A área de estudo possui aproximadamente 4,26 hectares e patamar altimétrico em torno dos 310 m.s.n.m. O enquadramento geológico pertence à Bacia Sedimentar do Paraná, com litologia composta por basaltos pertencentes à unidade JKSGB1 da Formação Serra Geral. É possível reconhecer o padrão de rampa retilínea-convexa quanto à feição geomorfológica, sendo o relevo predominantemente suave ondulado. A principal unidade pedológica, de acordo com é o Latossolo Vermelho Eutrófico. O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Cfa, sem estação seca. O levantamento florístico foi realizado durante o período de mar/11 a jun/13. O procedimento de coleta foi de caminhadas semanais visando atingir a totalidade da área para a coleta de material fértil (ramos com botões, flores e/ou frutos) das lianas com a ajuda de tesoura de poda e podão. O material coletado eram alocados em prensas de campo e posteriormente transferidos para prensas de madeira e secos em estufas para a produção de exsicatas que ficaram depositados no herbário do Laboratório de Botânica do Setor Palotina. Foram amostrados 25 morfoespécies de lianas, pertencentes a 13 gêneros e 13 famílias botânicas. Do total de indivíduos amostrados, 10 foram identificados até o epíteto específico, 3 até a categoria de gênero, 11 não foram identificados. As famílias que apresentaram maior diversidade de espécies foram: Bignoniaceae (n=9), Passifloraceae e Sapindaceae (n=2). As outras dez famílias encontradas apresentam apenas uma espécie. As famílias identificadas são de ocorrência típica em áreas de Floresta Estacional Semidecidual e a quantidade de morfoespécies demonstra que o remanescente abriga considerável diversidade de lianas.
Palavras-chave: Floresta Estacional Semidecidual, Levantamento Floristico, Lianas