TIPOLOGIA QUÍMICO-MINERALÓGICA DE FELDSPATOS ALCALINOS DAS ROCHAS ORNAMENTAIS DO COMPLEXO ALCALINO DE TUNAS PR: ANÁLISE POR CATODOLUMINESCÊNCIA
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Aluno de Iniciação Científica: Alberto Caixeta Botelho (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Geologia (MT)
Orientador: Cristina Valle Pinto-Coelho
Colaborador: Ney Pereira Mattoso Filho
Departamento: Geologia
Setor: Setor de Ciências da Terra
Área de Conhecimento: 10701010
RESUMO
O Complexo Alcalino de Tunas é caracterizado por um corpo plutônico, de idade mesozoica, localizado no Primeiro Planalto Paranaense, a cerca de 80 km da cidade de Curitiba. Sua gênese está relacionada à Reativação Wealdeniana da Plataforma Brasileira, em um contexto de calmaria tectônica. Os litotipos predominantes no complexo são sienitos e microssienitos, além de diques de traquito. O objetivo do projeto é estabelecer a variação da composição química dos feldspatos alcalinos, principal fase mineral dessas rochas, relacionada à diferença de cor manifestada ao longo do maciço sienítico. Para tanto, as amostras foram separadas com base em aspectos texturais e estruturais em seis fácies: a) cinza; b) cinza esverdeada; c) verde; d) verde no contato traquito-sienito; e) verde acinzentada; e f) verde fina. Nesse trabalho foram realizadas análises de catodoluminescência (CL) acoplada a lupa polarizada (LP) e ao microscópio eletrônico de varredura (MEV) em sete amostras, sendo duas da fácies cinza, duas da fácies cinza esverdeada, duas da fácies verde no contato traquito-sienito, e uma da fácies verde acinzentada. Imagens obtidas de CL-LP apontam duas cores em CL predominantes para os feldspatos alcalinos, azul para as porções mais límpidas e vermelho para as porções mais turvas relacionadas à fase albítica mesopertítica. A partir de análises de espectros de CL-MEV nos feldspatos alcalinos foi evidenciada a emissão de luminescência em duas bandas de comprimento de onda preferenciais, uma em torno de 420 nm, e outra em torno de 730 nm, correspondentes às cores azul e vermelho, respectivamente. A banda de emissão no azul CL está relacionada a defeitos das ligações dos tetraedros de Al-O--Al e/ou presença do cátion Eu2+ na estrutura do feldspato alcalino, ao passo que a banda de emissão no vermelho está relacionada a presença do cátion Fe3+ na estrutura cristalina das porções mais turvas dos minerais. Foram identificadas secundariamente, em espectros da fácies cinza, bandas de emissão em torno de 547 nm, possivelmente devido à presença do cátion Er3+. As fácies cinza esverdeado e verde no contato traquito-sienito apresentam também emissão CL secundária em torno de 561-571 nm, relacionada à presença dos cátions Er3+ e/ou Mn2+ na estrutura cristalina dos feldspatos alcalinos. Com base nos resultados obtidos na análise espectral e com valores da literatura para emissão em CL de feldspatos alcalinos, foi possível verificar a existência de ativadores de luminescência no mineral, possibilitando uma caracterização inicial.
Palavras-chave: Feldspato Alcalino, Catodoluminescência, Tunas