DEGRADAÇÃO DE FENOL EM SOLOS CONDICIONADOS COM MATRIZ FERTILIZANTE CONTENDO SUBPRODUTOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO DO XISTO

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Aluno de Iniciação Científica: Luis Fernando Amorim Batista (PETROBRAS)

Curso: Química - Licenciatura (N)

Orientador: Iara Messerschmidt

Co-Orientador: Betânia Fraga Pereira

Colaborador: Rafael Garrett Dolatto

Departamento: Química

Setor: Setor de Ciências Exatas

Área de Conhecimento: 10604006


RESUMO

Compostos fenólicos sintéticos geralmente estão presentes em águas residuais de indústrias de carvão, petroquímica e em óleos de refinaria. Em concentrações específicas podem ser prejudicais a saúde humana, sendo considerados poluentes prioritários na lista da USEPA (United States Environmental Protection Agency). O Projeto Xisto Agrícola, uma parceria entre a Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) e a Petrobras (São Mateus do Sul, PR) tem como principal objetivo o uso dos subprodutos do xisto como insumos agrícolas. Do ponto de vista da segurança ambiental do uso destes subprodutos e considerando que estes materiais poderiam conter compostos fenólicos em sua composição, é fundamental verificar: a) a presença e a concentração de fenóis nos mesmos e b) a possível degradação e, ou contaminação de solos e águas subterrâneas por estes fenóis. Assim, foi avaliada a degradação de fenol em amostras de solo (Argissolo Vermelho distrófico arênico) coletadas na área experimental do Departamento de Solos da UFSM, RS. Estes solos foram condicionados com matriz fertilizante composta por subprodutos da industrialização do xisto (xisto retortado XR), em doses crescentes (750, 1500 e 3000 kg ha-1 de XR), em sistema plantio direto com rotação de culturas, de espécies anuais de verão e de inverno. Até o momento foram analisadas amostras de solo em três épocas de coleta, sempre ao final de cada safra agrícola de verão e de inverno. Os estudos de degradação do fenol nestas amostras foram conduzidos utilizando 5,0000 g (± 0,0001 g) de solo em 150,0 mL de solução de CaCl2 0,01 mol L-1 contendo fenol em concentração de 50,0 mg L-1, mantidas sob agitação de 150 rpm a 25,0 °C, em incubadora. Durante nove dias a concentração de fenol nas suspensões foi quantificada via método espectrofotométrico na região do UV (270 nm). Todos os ensaios foram realizados em triplicatas das amostras. De modo geral, considerando-se a concentração inicial adicionada, observou-se que entre 3 a 9 dias ocorre degradação da espécie fenólica, nas amostras de solos estudadas. A degradação do fenol ocorreu mais rapidamente (3 dias) na amostra com a menor dose da matriz fertilizante MF (750 kg ha-1) quando comparada com a amostra testemunha (sem adição de MF). Por outro lado, nos experimentos empregando amostras de solo com doses maiores da matriz fertilizante (1500 e 3000 kg ha-1), não foi constatado esta mesma tendência de degradação do fenol.

Palavras-chave: Fenol, Solo, Degradação