INVESTIGAÇÃO DE BIOMARCADORES EM PLASMA SANGUÍNEO PARA DIAGNÓSTICO DO AVEI ATRAVÉS DE RMN ALIADA A QUIMIOMETRIA

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Aluno de Iniciação Científica: Angelita Nepel (PIBIC/CNPq)

Curso: Química (MT)

Orientador: Andersson Barison

Co-Orientador: Caroline Werner P. S. Grandizoli

Colaborador: Fábio Simonelli, Francinete Ramos Campos

Departamento: Química

Setor: Setor de Ciências Exatas

Área de Conhecimento: 10603034


RESUMO

A doença encefálica (DVE), Segundo o Ministério da Saúde, tem grande impacto atual, sendo a maior causadora de mortes e sequelas no Brasil. Dos dois tipos de DVE existentes (isquêmico e hemorrágico), 80-85% são de origem isquêmica (acidente vascular encefálico isquêmico – AVEi). Atualmente a progressão do DVE pode ser apenas parcialmente predita, uma vez que é baseada somente em exames clínicos e laboratoriais de rotina, além de exame de imagem. Consequentemente, existe grande dificuldade na realização de testes de diagnóstico precoces de AVEi, e ainda, mais de 30% dos diagnósticos iniciais são incorretos. Estudos mostram que o surgimento de uma patologia causam alterações características de metabólitos específicos na composição química de tecidos e biofluidos corporais que podem ser utilizados como biomarcadores. Desta forma, a identificação de biomarcadores possui valioso potencial para auxiliar os exames clínicos e de imagem. Neste contexto, a metabonômica oferece uma alternativa na busca por biomarcadores, pois há um grande potencial em utilizar o perfil metabólico de biofluidos de pacientes com AVEi aliada a abordagens quimiométricas para identificar possíveis biomarcadores que possam ser utilizados para o prognóstico de AVEi. Uma das principais ferramentas de análise de metabólitos é a RMN que apresenta vantagens de rápida obtenção de perfis metabólitos de todas as substâncias presentes em uma amostra, com o mínimo de preparo, evitando assim, a necessidade de laboriosos processos de extração e/ou purificação. Portanto, a análise de biofluidos pela RMN aliada a quimiometria pode atuar na identificação de biomarcadores, que geram perfis metabólitos característicos da patologia. Neste sentido, foram coletados amostras de plasma sanguíneo de pacientes maiores de 18 anos de ambos os sexos com diagnóstico de AVEi e de um grupo de controle, formado por indivíduos saudáveis, sem fatores de risco cardiovasculares e sem prévia história de AVEi, foram coletados e submetidos a analise por RMN de 1H. A análise quimiométrica destes espectros, pelo método de componentes principais (PCA), permitiu discriminar as amostras em grupos de controle e pacientes que sofreram AVEi, indicado que há possibilidade de empregar a RMN aliada a quimiometria para o diagnóstico de AVEi.

Palavras-chave: AVEi, Diagnóstico Precoce, RMN