DESENVOLVIMENTO DE CÁPSULAS E DE FILMES FLEXÍVEIS DE POLI(CAPROLACTONA) OU DE POLILACTÍDEO

0104

Aluno de Iniciação Científica: Gabriela Fregonese Feltrin (PIBIC/CNPq)

Curso: Engenharia Química (MT)

Orientador: Sônia Faria Zawadski

Co-Orientador: Grece Aparecida Senhorini

Colaborador: Carlos Eduardo Lunelli, Siddhartha Om Kumar Giese,

Departamento: Química

Setor: Setor de Ciências ExatasCristiano Egevardt

Área de Conhecimento: 10601074


RESUMO

Polímeros são amplamente empregados nas mais diversas áreas pela sociedade contemporânea. No entanto, seu uso elevado gera problemas socioambientais porque grande parte dos polímeros mais comumente utilizados podem demorar décadas para se decompor. Nesse contexto os polímeros biodegradáveis, como o poli(lactídeo) (PLA), a poli(caprolactona) (PCL) e o poli(hidroxibutirato-co-valerato) (PHBV), surgem como alternativa pois, pelo fato de serem constituídos por ésteres alifáticos, podem ser degradados a CO2, H2O e biomassa através da ação de organismos vivos ou enzimas. Estes polímeros tem recebido muita atenção nas pesquisas, existindo diversos estudos demonstrando sua baixa toxicidade, inclusive com aprovação pelo Food and Drug Administration (FDA) para a utilização como sistemas de liberação de fármacos (DDS). Contudo, polímeros biodegradáveis são, em geral, mais caros e formam filmes com características mecânicas inferiores aos polímeros não biodegradáveis, sendo necessária a utilização de plastificantes para melhorar estas características. O GLIAL é um derivado acilado que possui ação plastificante, e que é obtido através de uma reação de esterificação envolvendo a glicerina e o ácido lático. Neste trabalho foram utilizadas amostras dos polímeros derivados de ácido lático, PLA ou PCL, para a preparação de filmes com GLIAL a 10% e 20% (m/m) ou de cápsulas poliméricas carregadas com o ativo 1,4-dimetóxibenzeno nas proporções 9% 19% e 40% (m/v). A caracterização das cápsulas foi feita por UV-VIS, que evidenciou o encapsulamento de 77,2% e 97,8% do ativo para as amostras de 9% e 19% de uma das amostras da PCL e de 48,8% para a amostra de 9% da amostra de PCL de menor massa molar, sugerindo que a encapsulação varia com a proporção de ativo utilizada e com o tamanho da cadeia polimérica da amostra. As outras amostras de cápsulas e filmes estão sendo avaliadas por DSC (calorimetria exploratória diferencial), MEV (microscopia eletrônica de varredura), espectrometria na região do infravermelho e termogravimetria.

Palavras-chave: Poli(caprolactona), Poli(lactídeo), Cápsulas