ESTUDO BIOESTRATIGRÁFICO DA FORMAÇÃO RIO DO RASTO, PERMIANO DA BACIA DO PARANÁ, BRASIL
0029
evinci/resumo_0029.html
Aluno de Iniciação Científica: Tiago Casseb Barbosa (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Geologia (MT)
Orientador: Cristina Silveira Vega
Departamento: Geologia
Setor: Setor de Ciências da Terra
Área de Conhecimento: 10000003
RESUMO
A Bacia do Paraná é uma depressão intracratônica paleozoica que abriga rochas sedimentares e ígneas, as quais se depositaram antes da separação do Pangea, fim da Era Mesozóica, e por isso tendo continuidade na Europa e África. Dentre estas unidades, o foco deste trabalho é a Formação Rio do Rasto, de idade Neopermiana, registrada na Bacia do Paraná. É dividida em dois membros (Serrinha, inferior, e Morro Pelado, superior), ambos representando paleoambientes lacustres, sendo o Membro Morro Pelado com um clima mais árido, de transição para um ambiente desértico. Quanto ao conteúdo fossilífero destacam-se os vertebrados no Membro Morro Pelado. A descrição dos fósseis se faz importante para caracterização bioestratigráfica. Os materiais foram coletados no Km 122 da PR-090 (próximo a São Jerônimo da Serra, PR) e no afloramento denominado "Monjolo" na BR-376, km 313 (PR), ambos oriundos do Membro Morro Pelado. Correspondem a materiais atribuídos a anfíbios temnospôndilos e peixes. Dentre as peças de anfíbio, têm-se uma mandíbula (UFPR 0152 PV) de aproximadamente 28 mm, contendo 16 dentes. São descritas também duas interclavículas (UFPR 0272 PV (a); UFPR 0274 PV (a)) possivelmente de morfótipos diferentes, já que em UFPR 0272 PV (a) são reconhecíveis diversas estruturas como as trabéculas laterais e a esternal, e UFPR 0274 PV (a) apresenta uma morfologia semelhante a uma interclavícula, porém a ausência de feições diagnosticas dificultando a identificação detalhada. Também são registrados dois fêmures (UFPR 0202 PV; UFPR 0206 PV) sendo que no exemplar UFPR 0202 PV observam-se diversas estruturas diagnósticas como o trocanter interno e os côndilos fibular e tibial, e no outro exemplar observa-se somente o trocanter interno. Têm-se ainda uma unidade metapodial (UFPR 0203 PV (a, b)) com poucas características diagnosticas, sendo impossível definir se pertence ao apêndice proximal ou distal. Por fim, descreve-se uma mandíbula atribuída a um peixe (UFPR 0252 PV (a, b)) de aproximadamente 14 mm de comprimento com dois agrupamentos de dentes em forma de faca. Os vertebrados são descritos na literatura como sendo pertencentes a horizontes estratigráficos distintos, divididos em três paleofaunas: Aceguá, Posto Queimado ( RS) e Serra do Cadeado (PR). As idades discutidas para estas três paleofaunas variam, porém há um consenso incipiente de que estas representam o Permiano Superior e de que as paleofaunas de Aceguá e Posto Queimado são correlatas. Os fósseis descritos neste trabalho provem da Fauna Local da Serra do Cadeado, e ajudarão no refino bioestratigráfico
Palavras-chave: Bioestratigrafia, Vertebrados, Permiano