AVALIAÇÃO DA SOROPREVALÊNCIA DE ERLIQUIOSE EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFPR CAMPUS PALOTINA
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Aluno de Iniciação Científica: Evelyn Regina Marchioro (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina (MT)
Orientador: Flavio Shigueru Jojima
Colaborador: Tatiane Francieli Sebastiani, Vanessa Tomazoni Stona,
Departamento: Campus PalotinaPedro Argel Zadinello Moreira.
Setor: Campus Palotina
Área de Conhecimento: 10000003
RESUMO
Erliquiose Canina é uma doença, causada por uma bactéria intracelular obrigatória, da ordem rickettsia do gênero Ehrlichia, transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus. A infecção com Ehrlichia canis ocorre principalmente durante a estação quente quando o vetor carrapato está ativo. O diagnóstico da doença pode ser difícil devido a suas diferentes fases e manifestações clinicas. Esse diagnóstico tem como base o histórico clinico associado a exames hematológicos, citológicos e sorológicos. A doença pode apresentar em três fazes, aguda subclínica e crônica. A fase aguda tem como principais sinais clínicos elevada febre, anorexia, depressão, letargia, palidez de mucosas, emaciação, ixidiose recorrente, vômitos, perda de peso. A fase subclínica os animais não apresentam sinais clínicos, em alguns casos pode-se observar emaciação, apetite seletivo e letargia. A fase crônica pode ser moderada, com sinais da fase aguda, de forma atenuada, ou recorrer com maior severidade, podendo levar o animal a óbito. O achado hematológico mais comum é trombocitopenia. O presente estudo observou os sinais clínicos, os resultados dos exames hematológicos e comparou com o resultado do exame sorológico SNAP 4DX test. Inicialmente avaliamos sinais clínicos, tais como, febre, anorexia, apatia, palidez de mucosas, perda de peso, vômitos, hiporexia, epistaxe bem como a presença de ectoparasitos. Dos animais avaliados 39 foram submetidos ao teste sorológico para Ehrlichia canis SNAP 4DX test. Os cães com apatia e hiporexia representaram 28,20%, enquanto 20,51% apresentaram vômito, em 17,94% febre, 15,38% palidez de mucosas, 10,25% anorexia, 7,69% perda de peso e 2,56% epistaxe. A presença de ectoparasitos foi registrada, em 46,15% dos cães possuíam carrapatos no momento da consulta. Comparando sinais clínicos aos do hemograma, 82,06% apresentavam trombocitopenia e 15,38% linfocitose, sendo que 54% foram negativos para o SNAP 4DX. Os 17,94%, que não apresentaram trombocitopenia, desses apenas 28,57%, foram positivos para E. canis no teste sorológico. Podemos concluir que a avaliação clínica é importante para o direcionamento dos exames complementares, tais como hemograma e teste sorológico. Contudo o paciente em fase aguda pode não apresentar anticorpos ocorrendo falso negativo no SNAP 4DX. Para confirmação do diagnóstico é importante a combinação do exame hematológico que pode apresentar alterações em linfócitos e plaquetas juntamente com as alterações clínicas evidentes no animal no momento da consulta.
Palavras-chave: Erlichia canis, Soroprevalência, SNAP 3Dx