CARACTERIZAÇÃO DOS FLUIDOS PÓS-MAGMÁTICOS DE PREENCHIMENTO DE AMÍGDALAS EM ROCHAS VULCÂNICAS DA PROVÍNCIA MAGMÁTICA DO PARANÁ.
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evinci/resumo_0008.html
Aluno de Iniciação Científica: Bruno Guimarães Titon (PIBIC/CNPq)
Curso: Geologia (MT)
Orientador: Eleonora Maria Gouvea Vasconcellos
Colaborador: Otavio Augusto Boni Licht
Departamento: Geologia
Setor: Setor de Ciências da Terra
Área de Conhecimento: 10000003
RESUMO
Existem inúmeros trabalhos científicos que têm como objetivo entender, interpretar e mapear a Província Magmática do Paraná, composta pelos derrames cretáceos da Formação Serra Geral, que cobrem aproximadamente 75% da superfície da Bacia do Paraná, sendo caracterizados em sua maioria como basaltos de natureza toleítica. Trata-se de uma das maiores manifestações vulcânicas em regiões continentais do mundo, com 800.000 km³ em volume de rocha. A maior parte desses derrames é composta por rochas básicas, porém há a ocorrência de rochas intermediárias e ácidas. O objetivo desse trabalho é compreender a história e a evolução dos fluidos pós-magmáticos associados aos derrames da Província Magmática do Paraná, a partir da análise de clastos de brechas vulcânicas formadas nos eventos interderrames na região sudoeste do Estado do Paraná. As amostras utilizadas no trabalho foram coletadas na pedreira Pauluk, localizada na Serra do Paredão, em Cruz Machado (PR). Foi realizada pesquisa bibliográfica para entender e identificar os principais minerais que preenchem amígdalas. Em seguida realizou-se análise petrográfica. As brechas são compostas por clastos de basalto envoltos em matriz arenosa-siltosa. Os clastos são compostos por labradorita e augita que ocorrem como fenocristais e na matriz; e minerais opacos. Os minerais estão envolvidos por vidro vulcânico oxidado. A matriz é composta por quartzo, opacos, micas e material siltoso. Em alguns casos, nota-se orientação dos minerais da matriz. As amígdalas dos clastos são preenchidas por zeólitas, sílica microcristalina, celadonita, que preenche totalmente ou ocorre nas bordas das amígdalas e carbonato. Possuem formatos variados, sendo globulares, oblatas e ameboides, podendo ser semicirculares e compõem entre 5% e 30% do volume total dos clastos variando entre 0,01 mm até 4 cm de tamanho. As amigdalas das porções mais externas dos clastos foram parcialmente preenchidas pela matriz, evidenciando uma certa plasticidade dos clastos durante a formação da rocha. As brechas possuem estrutura laminada plano-paralela e textura sustentada pela matriz. As texturas observadas nos clastos são: fanerítica subafírica a porfirítica, subofítica a intergranular, hipohialina a hipocristalina com plagiocásio intersertal; e a estrutura é amigdaloide e de fluxo. Em uma próxima fase do projeto, análises por difração de raio X serão realizadas com a finalidade de diagnosticar os minerais que preenchem amígdalas e diferenciar as espécies de carbonato e zeólitas encontrados.
Palavras-chave: Brechas Vulcânicas, Província Magmática do Paraná, Basalto