IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS CRÍTICOS PROTETORES E DESTRUTIVOS DA SAÚDE DOS PROFESSORES DA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Setor: Ciências da Saúde

Coordenador: Guilherme Souza Cavalcanti de Albuquerque

Vice-coordenador: Paulo de Oliveira Perna

Alunos bolsistas: Bruna Beghetto Penteado, Bruno Augusto Costa Karnos, Flávia Sprenger, Grace Kelli Ferreira Rodrigues, Greice Cipriani, Jairo Vinícius Merege de Mello Cruz Pinto, Maíza Vaz Tostes, Nathalie Brito, Thiago Henrique Roza, Vitor Kobiec Fiamoncini.

Alunos voluntários: Denis Ueda, Fernanda Feuerharmel Soares da Silva, Fernando Michielin, Juliana Boni Cruz, Laura Boletta Marques, Luana Caroline dos Santos, Maristela Pivetta, Patrícia Andrade Bertolini, Patrícia Mara Huvar

Docentes participantes:

Técnicos administrativos participantes:

Participantes Externos: Marcelo José de Souza e Silva

Área Temática: Saúde


RESUMO

Contextualização: Várias pesquisas (Assunção, 2008; Codo, 2000 etc.) têm demonstrado um elevado índice de adoecimento sofrido pelos professores nas últimas décadas, sendo o sofrimento mental a forma mais frequente. Esse crescente índice de adoecimento entre os professores é fruto das mudanças ocorridas no mundo do trabalho e na educação nas últimas décadas. A disseminação do neoliberalismo e suas influências na educação, explicitadas na Conferência Mundial de Educação para Todos, em 1990 na Tailândia, trouxe várias mudanças para o ensino. Uma de suas consequências é o elevado índice de adoecimento dos professores. No Paraná, o sindicato dos professores (APP-PR) informou que em maio de 2010 havia 3.100 professores afastados por doença, outras pesquisas mostram índices próximos a 66% de professores adoecidos em virtude do trabalho. Apesar desses elevados índices de adoecimento, raríssimas são as notificações de nexo causal com o trabalho. Essa subnotificação da relação do adoecimento com as condições de trabalho, além de impedirem os professores de receberem os benefícios trabalhistas a que têm direito, também oculta à determinação do adoecimento, impedindo que mudanças necessárias para tornar o trabalho um processo predominantemente protetor e não destrutivo da saúde sejam estabelecidas. Diante disto, a identificação dos processos de adoecimento e suas relações com trabalho é de fundamental importância para que possíveis soluções sejam propostas com o intuito de melhorar as condições de vida e saúde desses profissionais. Objetivos: Realizar com os professores da rede estadual de ensino do Paraná a identificação autônoma de suas necessidades de saúde. Metodologia: elaboração de matriz de processos críticos (BREILH, 2006); reuniões de estudo e planejamento, entrevistas e aplicação de questionários nas escolas; grupos focais com os professores. Resultados: a identificação dos processos críticos protetores e destrutivos da saúde dos professores possibilitará a tomada de ações efetivas para a melhora da saúde desses trabalhadores. Os resultados, obtidos em conjunto com os professores e seu sindicato, serão compartilhados com a gestão estadual da educação a fim de que as melhorias sejam colocadas em prática. Os estudantes dos cursos de medicina, pedagogia, psicologia, farmácia, enfermagem e letras estão tendo grande aprendizado em relação aos processos determinantes de saúde/doença, sua identificação e a busca de soluções, além da possibilidade de realizar pesquisa.

Palavra-Chave: Saúde do Trabalhador, Sofrimento Mental, Professor