ATENDIMENTO EM SAÚDE MENTAL NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA SEGUNDA EDIÇÃO

Setor: Ciências da Saúde

Coordenador: Sergio Antonio Antoniuk

Vice-coordenador: Isac Bruck

Alunos bolsistas: Diane Álex Seccon, Flavia Bellesia Souzedo, Gabriella Hundertmarck Vieira; Henrique Shody Hono Batista, Jennifer De Oliveira Martins, Lucas Thierry Da Silva Gonçalves, Marina Rodrigues, Marjorie Rodrigues Wanderley, Natalia Farias Baleroni, Vanessa Furlin

Alunos voluntários:

Docentes participantes: Gustavo Manoel Schier Doria, Mauricio Nasser Ehlke

Técnicos administrativos participantes:

Participantes Externos:

Área Temática: Saúde


RESUMO

Perfil do índice de velocidade de processamento dos pacientes atendidos no ambulatório de Saúde Mental do Centro de Neurologia Pediátrica do Hospital das Clínicas. Introdução: A avaliação neuropsicológica permite identificar os padrões cognitivos passíveis de intervenção e possibilita comparações ao longo do desenvolvimento. Os dados obtidos visam auxiliar no planejamento do tratamento médico, a orientação com a família e com a escola e o estabelecimento de um plano de reabilitação. Faz-se necessário também, o trabalho preventivo com o objetivo e reduzir riscos e danos na vida futura de muitos indivíduos que são acometidos por quadros neurológicos e ou psiquiátricos. Segundo Costa et al. (2004), a avaliação neuropsicológica é recomendada em qualquer caso onde exista suspeita de uma dificuldade cognitiva ou comportamental de origem neurológica. A avaliação pode auxiliar no diagnóstico e tratamento de diversas enfermidades neurológicas, problemas de desenvolvimento infantil, comprometimentos psiquiátricos, alterações de conduta, entre outros. A neuropsicologia, que tem como um dos seus objetivos identificar precocemente alterações no desenvolvimento cognitivo e comportamental tornou-se um dos componentes essenciais das consultas periódicas de saúde infantil, sendo necessária a utilização de instrumentos adequados a esta finalidade (testes neuropsicológicos e escalas para a avaliação do desenvolvimento) (Costa et al., 2004). O conjunto dos instrumentos utilizados nos possibilita uma avaliação global das capacidades da criança, bem como das dificuldades encontradas por ela em seu desempenho dia a dia. Não se trata de rotular a criança como integrante de grupos problemáticos, mas de evitar que tais dificuldades possam impedir o desenvolvimento saudável da criança (Costa et al., 2004). Os resultados dessas escalas e testes refletem os principais ganhos ao longo do desenvolvimento e têm o objetivo de determinar o nível evolutivo específico da criança. A importância desses instrumentos reside principalmente na prevenção e detecção precoce de distúrbios do desenvolvimento e do aprendizado, indicando de forma minuciosa o ritmo e a qualidade do processo e possibilitando um mapeamento qualitativo e quantitativo das áreas cerebrais e suas interligações (Costa et al., 2004). Uma das habilidades cognitivas mensuradas pelos testes neuropsicológicos é a velocidade de processamento a qual implica a capacidade de realizar com fluidez tarefas fáceis ou já aprendidas, processando a informação de uma maneira rápida. A velocidade de processamento, segundo Flavell et al. (1999), é um dos determinantes na capacidade de processamento de informação de uma pessoa. Objetivo: O presente trabalho teve a finalidade identificar o perfil do índice de velocidade de processamento de sessenta e sete crianças e adolescentes provenientes do Sistema único de Saúde atendidos no ambulatório da neurologia e psiquiatria infantil do Centro de Neuropediatria. Material e Métodos: Utilizou-se como instrumento a Escala Wechsler para Crianças – III edição. Os subtestes verbais utilizados abrangiam informação, semelhanças, aritmética e dígitos; os subtestes de execução utilizados abrangiam completar figuras, código, cubos e procurar símbolos. A partir dos dados obtidos da Escala Wechsler obteu-se os seguintes resultados: Resultados e Conclusões: 84% são meninos e 16% de meninas ratificando a dados de literatura que afirmam que a maioria de pessoas atendidas em centros específicos de neurologia e psiquiatria são meninos. A idade em média foi de onze anos e três meses e a média de inteligência geral, área de execução e verbal foi na média, todavia a velocidade de processamento foi correspondente à classificação média inferior. Observou-se que a média da idade mental foi dentro do esperado. Todavia, existe menor desempenho na velocidade de processamento, podendo interferir no desempenho acadêmico do indivíduo, levando o aluno a copiar de forma lenta, realizar as atividades num tempo maior e necessitar, consequentemente, realizar as atividades num tempo diferenciado.

Palavras Chave: Velocidade de Processamento, Neuropsicologia, Saúde Mental