RESUMO

Embora os dados apontem para uma melhora na saúde bucal da população brasileira, para a infância e adolescência os desafios ainda são imensos. Grupos populacionais específicos apresentam demandas próprias que a odontologia não tem respondido adequadamente. O marco teórico da proposta e a supervisão de saúde, a qual pode-se conceituar como um conjunto de ações e posturas capaz de estabelecer com a família uma relação de confiança, humanizada e colaboradora para a construção de uma postura de vida associada à saúde durante a infância e adolescência que provavelmente permanecerá na fase adulta e tem grandes possibilidades de estender sua ação transformadora para as gerações futuras Nesse primeiro ano as ações estarão direcionadas as famílias com crianças e adolescentes com Síndrome de Down. A estratégia será estimular nas famílias o empoderamento de conhecimento suficiente para executar as ações necessárias para a manutenção da saúde bucal de seus filhos, para isso é necessário a desmonopolização do conhecimento odontológico e a produção de novos conhecimentos adaptados e adequados a realidade dessas famílias. Outros grupos com necessidades específicas podem ser beneficiados por essa metodologia. As ações educativas serão respeitarão as necessidades especificas desse grupo onde se pretende privilegiar a produção de material educativo direcionado e adequado a cada situação. A produção do material educativo deverá ocorrer a partir de um diagnóstico de necessidades e dificuldades da população para a qual será destinado, levantamento de dados e observações de impacto serão utilizadas e são potencialmente geradoras de pesquisa e produção de conhecimento. Os resultados esperados são a construção de uma postura de vida associada à saúde, em especial com relação aos aspectos bucais e o desenvolvimento de autonomia nas crianças e adolescentes para ações odontológicas preventivas domiciliares.

Palavra chave: Saúde bucal, Educação em saúde, Síndrome de Down