SAÚDE PERIODONTAL EM DEPENDENTES QUÍMICOS
enec/resumo_186.html
Setor: Ciências da Saúde
Coordenador: Maria Ângela Naval Machado
Vice-coordenador: Antonio Adilson Soares de Lima
Alunos bolsistas: Denise Spinardi, Carolina Maria Perufo, Susan Jaccoud Ribeiro de Souza
Alunos voluntários: Cristina Ayumi Matsumoto, Evelyn Estefani Cristaldo, Jessica Borba Filla, Kedman Suelen Sartori, Milena Binhame Albini, Priscila Raquel Shiroky, Renata Cristina Soares, Priscilla Lesley Perlas Condori, Thiago Vinicius Rodrigues Reis
Docentes participantes: Maria Ângela Naval Machado, Antonio Adilson Soares de Lima, Marília Compagnoni Martins
Técnicos administrativos participantes: Christiane Teresa Merkle Zoccoli
Participantes Externos:
Área Temática: Saúde
RESUMO
O estilo de vida adotado pelos dependentes químicos (DQ), seus hábitos e o consumo de várias substâncias psicoativas influenciam no descuido com a higiene oral atuando como fator de risco para o desenvolvimento da periodontite. Este projeto pretende gerar e transmitir conhecimentos sobre a saúde bucal, avaliar a condição periodontal e o impacto da periodontite na qualidade de vida dos DQ internados no Instituto de Pesquisa e Tratamento do Alcoolismo em Campo Largo PR. O diagnóstico da periodontite foi feito por meio de um exame com sonda periodontal que avaliou: profundidade de sondagem (PS), nível de inserção clínico (NIC), sangramento à sondagem (SS), quantidade de placa dental (IP) e de inflamação gengival (IG). O impacto da doença periodontal na qualidade de vida foi avaliado pelo questionário Oral Health Impact Profile (OHIP-14) aplicado na forma de entrevista, perguntando a frequência de limitações relacionadas à saúde bucal. Os alunos ministraram palestras sobre a prevenção e tratamento da doença periodontal para 480 DQ que receberam também instrução da técnica de escovação e uso do fio dental. Foi realizado o exame periodontal em 137 DQ e 62 responderam ao OHIP-14. A idade média dos DQ foi de 30 anos (18-40), 57% (86) estavam empregados no momento do internamento, 68,6% (94) eram solteiros e 47 deles não concluíram o ensino fundamental. O consumo médio semanal do crack foi de 16 pedras/7 anos; 20g de maconha/11 anos e 132 cigarros/13 anos. Cerca de 41% dos dentes dos DQ apresentaram PS e NIC = 4mm. A inflamação gengival moderada foi observada em 125 deles e 80% apresentaram placa dental detectável à sondagem e moderado acúmulo de placa na superfície dental. O SS foi demonstrado em 83% dos dentes examinados e 71% (98) da amostra apresentou periodontite. A amostra foi insuficiente para avaliar o impacto da periodontite na qualidade de vida dos DQ. A Extensão nos possibilitou trocar experiências com os DQ e vivenciar a realidade e os efeitos devastadores do crack. O aprofundamento nas questões das drogas nos fez aprimorar o conhecimento nesse tema para apresentar palestras transmitindo o conhecimento sobre as doenças bucais adquiridos na teoria e agora aplicados na prática. Dessa forma os DQ foram motivados a cuidar da sua saúde bucal, buscar atendimento odontológico e aprender a fazer a prevenção dessas doenças. Estas medidas visaram aumentar a auto-estima e colaborar para a recuperação deles. No âmbito acadêmico, através do acompanhamento dos professores de diferentes disciplinas todos foram incentivados a se inserirem no projeto e a buscar novas formas de melhorar a qualidade de vida dos dependentes.
Palavra-Chave: Crack, Cocaína, Periodontite, Gengivite