PROJETO SOLO NA ESCOLA

Setor: Ciências Agrárias

Coordenador: Valmiqui Costa Lima

Vice-coordenador: Marcelo Ricardo de Lima

Alunos bolsistas: Bruna Ohanada Silva, Leiken Lauria Weber, Renata Moreira da Silva, Thatiane Calixto Buba

Alunos voluntários:

Docentes participantes: Antônio Carlos Vargas Motta, Fabiane Vezzan, Jeferson Dieckow, Luiz Claudio de Paula Souza, Marcelo Ricardo de Lima, Marco Aurélio Machado de Mello, Nerilde Favaretto, Valentim da Silva, Valmiqui Costa Lima, Vander de Freitas Melo.

Técnicos administrativos participantes: Cleusa Maria Barth, Marla Vargas Motta.

Participantes Externos: Elma Nery de Lima Romano, Gustavo Ribas Curcio, Michele Ribeiro Ramos.

Área Temática: Meio Ambiente


RESUMO

O solo é um importante componente dos ambientes naturais ou antropizados. Freqüentemente a degradação do solo pode ser associada ao desconhecimento que a maior parte da população tem das suas características, importância e funções. De modo geral, na educação fundamental e média, os estudantes não têm acesso a informações corretas tecnicamente, úteis ou adequadas à realidade brasileira, o que pode ser evidenciado nas deficiências e falhas existentes nos materiais didáticos disponíveis. Os professores, por outro lado, também não visualizam normalmente o solo como um importante elemento do meio ambiente. Desconhecem que o solo, juntamente com o ar e a água são os responsáveis pela preservação da vida no ecossistema terrestre. Ignoram ainda que, além de ser utilizado para fornecer alimentos, o solo exerce importantes funções na natureza, tais como armazenagem de nutrientes e água, ação como um filtro natural de poluentes, habitat de diversificados organismos, etc. Segundo estudo divulgado pela FAO A degradação do solo está aumentando em muitas partes do mundo. Definida como o declínio a longo prazo na função e na produtividade de um ecossistema, a degradação do solo está aumentando em gravidade e extensão, afetando mais de 20% das terras agrícolas, 30% das florestas e 10% dos pastos. Cerca de 1,5 bilhão de pessoas, um quarto da população mundial, dependem diretamente dos solos que estão sendo degradados. As consequências desse fenômeno incluem diminuição da produtividade agrícola, migração, insegurança alimentar, prejuízos a recursos e ecossistemas básicos e a perda de biodiversidade genética e de espécies, devido a mudanças nos habitats. "A degradação do solo tem também importantes implicações para a redução e a adaptação às mudanças climáticas, já que a perda de biomassa e de matéria orgânica do solo libera carbono na atmosfera e afeta a qualidade do solo e sua capacidade de reter a água e os nutrientes", afirmou Parviz Koohafkan, Diretor da Divisão de Terras e Águas da FAO. Assim, o ensino de solos, quando existe, torna-se mecânico e sem utilidade para o aluno. Deste modo, o projeto de extensão universitária Solo na Escola, alocado ao Departamento de Solos e Engenharia Agrícola (DSEA) da UFPR, se propôs a: desenvolver material didático sobre solos para o ensino médio e fundamental; criar mecanismos que permitam a visitação de escolares a universidade para conhecer o tema solos, e capacitar professores do ensino fundamental e médio a compreender e ensinar o tema solos, como também sensibilizar em relação ao seu papel como recurso natural imprescindível, enfatizando a necessidade de sua preservação. Para tal, foram desenvolvidas atividades envolvendo: organização e manutenção de uma Exposição Didática de Solos; produção de material didático; organização de cursos e eventos de extensão universitária para professores; divulgação de informações pela Internet, e avaliação contínua das atividades. Além da participação de professores do DSEA, o projeto estabeleceu parcerias com projetos de extensão da UFPR e outras instituições, de modo a complementar e ampliar suas atividades.

Palavra-Chave: Solos, Meio Ambiente, Educação Ambiental