PROCURA: A ARTE DA VIDA

Setor: Ciências da Saúde

Coordenador: Valderílio Feijó Azevedo

Vice-coordenador: Paulo Roberto Cruz Marquetti

Alunos bolsistas: Jonathan Stockli de Vasconcelos, Roberto Koya Hasegawa Filho, Victor Emmanuel Tedeschi Oliveira Pereira Pinto

Alunos voluntários: Débora Aguiar; Gabriela Furtado, Juliane Ferreira, Leticia Rosevics, Mayara Arantes, Rodolfo Bertoli, Tatiane da Silveira, Thomas Szabó Yamashita

Docentes participantes:

Técnicos administrativos participantes:

Participantes Externos:

Área Temática: Saúde


RESUMO

O desenvolvimento tecnológico e científico trouxeram inúmeros avanços para os profissionais de saúde, seja na precisão diagnóstica ou aperfeiçoamento da cura. Na mesma medida em que surgiram meios mais confiáveis de avaliação fisiológica houve um afastamento do que deveria ser o verdadeiro foco: o paciente. Procura-se a doença e deixa-se de lado a empatia, capacidade reflexiva e compreensão ética, psicológica e humanística da relação profissional-paciente. Outro mecanismo que afasta o profissional é o modelo de ensino vigente direcionado para uma medicina curativa, com práticas como dissecação de cadáveres, avaliação em bonecos e aprendizagem mais voltada na imitação de profissionais. Os alunos que entendem a importância em centrar a atenção no paciente, muitas vezes não possuem as habilidades necessárias para a demanda atual, ou tem suas expectativas frustradas em meio a pressão, cansaço e estresse e por isso se desmotivam. O projeto ProCura: a arte da vida foi criado por alunos de Medicina, em conjunto com a iniciativa docente, com o intuito de trazer aos estudantes da área da saúde uma abordagem diferente da relação profissional-paciente clássica. O projeto iniciou suas atividades em 2008 somente com estudantes de Medicina, mas a partir de 2012 expandiu aos demais cursos do Setor de Ciências da Saúde. O projeto procura semear uma visão humanizada do paciente, em que são valorizadas a empatia e a comunicação, duas ferramentas que influenciam positivamente tanto no diagnóstico quanto no tratamento e qualidade de vida do paciente. A fim de alcançar esta visão humanizada, estabeleceu-se a atuação do projeto em três frentes: Clown, Contação de Histórias e Cineclube. Todas as frentes fundamentam-se sobre três pilares: desenvolvimento teórico e reflexivo, humanização das relações estudante-estudante e humanização das relações estudante-paciente, em que cada um destes pilares procura não só desenvolver o estudante sob diferentes aspectos, como ainda complementa os outros dois pilares. Acredita-se que este modelo de intervenção é essencial na construção de um ambiente de relações interpessoais dentro universidade, que pode ainda transcender para uma futura realidade profissional mais humanizada e de qualidade. No Clown e Contação de Histórias, os participantes, para que possam atuar diretamente com pacientes, familiares e funcionários do hospital, passam por três fases: primeiramente realizam-se oficinas a fim de capacitar os integrantes, em seguida agendam-se visitas ao hospital sob a supervisão de orientadores e na terceira etapa já se encontram aptos a realizar as visitas desacompanhados. No Cineclube apresentam-se filmes relacionados à humanização, seguidos de análise e discussão. Durante os anos de 2010-2012 participaram 79 alunos, e foram realizados 1517 atendimentos, incluindo as alas pediátricas do hospital, acompanhantes e funcionários. Atualmente contamos com 40 participantes na primeira fase.

Palavra-Chave: Humanização da Assistência, Educação Médica, Relações Médico-Paciente