INTERVENÇÃO PSICOMOTORA EM CRIANÇAS DO LITORAL DO PARANÁ
enec/resumo_102.html
Setor: Litoral
Coordenador: Luize Bueno de Araujo
Vice-coordenador: Vera Lúcia Israel
Alunos bolsistas: Cintia de Souza Rodrigues, Fernanda de Amo Moriggi, Fernando Lucas Hara Pereira, Franciele Cristina Ferreira de Souza, Mariana Rodrigues Gaspar Corrêa, Simone Zatesko.
Alunos voluntários: Adriano Zanardi da Silva, Bruna Letícia dos Santos, Greicy Kelly de Jesus.
Docentes participantes:
Técnicos administrativos participantes:
Participantes Externos:
Área Temática: Saúde
RESUMO
Contextualização: Hoje, no litoral do Paraná, são poucas as atividades extensionistas desenvolvidas para as crianças. Entendemos a Universidade como um local responsável por valorizar a comunidade local e aplicar os conhecimentos apreendidos. Atualmente o modelo bioecológico descreve o desenvolvimento humano e propõe que as principais relações da criança, seja em cuidados ou em estímulos, são dadas por indivíduos conviventes, como escola e familiares. Assim sendo, entende-se que a intervenção precoce pode influenciar positivamente no desenvolvimento neuropsicomotor infantil. Objetivo: Avaliar os efeitos de intervenções psicomotoras no desenvolvimento neuropsicomotor e no equilíbrio de crianças com idade entre três e cinco anos de um Centro de Educação Infantil (CEI) da cidade de Matinhos/PR. Metodologia: Este estudo foi realizado em duas etapas. A etapa I ocorreu no primeiro semestre de 2012, 21 crianças foram avaliadas e reavaliadas pelo Teste de Triagem de Denver II e escala de equilíbrio de Berg e submetidas a três intervenções psicomotoras. A etapa II ocorreu no segundo semestre de 2012, 16 crianças foram avaliadas e reavaliadas pelo Teste de Triagem de Denver II, escala de equilíbrio de Berg e a área "equilíbrio" da Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) e submetidas a quatro intervenções psicomotoras. Após as duas etapas foram realizadas devolutivas para a escola para os responsáveis pelas crianças. Principais resultados: Etapa I: Através das análises das avaliações e reavaliações, realizadas com 21 crianças, verificou-se melhora nos valores obtidos na escala de Berg, na avaliação pré-intervenção, apenas um sujeito alcançou escore máximo e três o escore mínimo. Já na reavaliação pós-intervenção, quatro sujeitos alcançaram o escore máximo e nenhum sujeito o escore mínimo. Este valor satisfatório também foi observado com relação às analises da escala de avaliação neuropsicomotora de Denver II. Nela, dos 21 sujeitos avaliados pré-intervenção, 24% apresentavam desenvolvimento típico e 76% desenvolvimento questionável, e pós-intervenção 48% apresentavam desenvolvimento típico e 52% desenvolvimento questionável, verificando assim, uma melhora nos três eixos avaliados, com os itens motor fino e o motor grosseiro apresentando aumento de acertos em 19% cada e 10% no item linguagem. Etapa II: Por meio da escala de Denver II, das 16 crianças avaliadas, 13 apresentaram desenvolvimento típico e três desenvolvimentos questionáveis. Após as intervenções, 14 crianças apresentaram desenvolvimento típico e dois desenvolvimento questionável. Com relação a escala Berg, 56,2% (nove alunos) obtiveram melhora na reavaliação após as intervenções e 43,8% (sete alunos) se mantiveram dentro da normalidade. E por fim nas avaliações com a EDM, cinco crianças apresentaram idade motora negativa. Na reavaliação, apenas duas crianças apresentaram idade motora negativa. A partir dos dados obtidos, conclui-se que as atividades psicomotoras influenciaram na melhora do equilíbrio e no desenvolvimento neuropsicomotor das crianças avaliadas.
Palavra-Chave: Fisioterapia, Psicomotricidade, Desenvolvimento Infantil