AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA NA PRESENÇA DE DOR DURANTE ATENDIMENTO DE URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS

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Aluno de Iniciação Científica: Heloisa Grochovicz (IC-Voluntária)

Curso: Odontologia

Orientador: Marili Doro Andrade Deonizio

Departamento: Odontologia Restauradora

Setor: Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40206009


RESUMO

A anestesia durante a terapia endodôntica de urgência pode ser ineficaz resultando em dor e provocar alterações na frequência cardíaca. Vários autores têm relatado seu aumento com anestesias infiltrativas e por bloqueio, no uso de lidocaína a 2% com epinefrina 1:100.000. O objetivo desse estudo foi avaliar a frequência cardíaca na presença de dor durante os procedimentos nas urgências endodônticas, com intervalos de 1, 5, 10, 15 e 20 minutos, em pacientes atendidos no Pronto Atendimento da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Vinte e cinco pacientes, de ambos os sexos, entre 16 e 56 anos de idade participaram desse estudo. Os critérios de exclusão foram doenças crônicas ou gravidez. A frequência cardíaca foi aferida imediatamente antes, 1, 5, 10, 15 minutos após a anestesia ter sido realizada com Mepivacaína a 2% associada a norepinefrina 1:100.000. Dos 25 pacientes n= 18 (72%) eram do sexo feminino e n=7 (28%) do sexo masculino. Realizaram-se procedimentos endodônticos em nove dentes na arcada superior e dezesseis dentes na arcada inferior e que apresentavam doenças pulpares e periapicais. A frequência cardíaca encontrada antes da analgesia foi em média de 99 bpm (SD±11,43), depois de 1' 102 bpm (±12,51), 5' – 109 bpm (SD±14,50), 10' – 112 bpm (SD±14,03), 15' – 117 bpm (SD±15,65) e 20' – 99 (SD±12,69). A frequência cardíaca, quando comparada à aferição inicial após 1'aumentou em 36% dos casos; diminuiu em 56% e não teve alteração em 8%; depois de 5' permaneciam aumentadas (48%) diminuídas (48%) e sem alteração (4%); aos 10' em 44% acima, 52% abaixo e 4% sem alteração; aos 15' 48% acima, 44% abaixo e 8% sem diferença e depois de 20' – 44% permanecia acima e 44% abaixo e 12% encontravam-se normalizadas. Dor foi constatada em dois dentes superiores e em cinco dentes da arcada inferior, a frequência cardíaca desses pacientes estava consideravelmente mantida nos intervalos de tempo avaliados. Exceção apenas em um dente inferior, com aumento nos primeiros 5', queda em 10' e aumento aos 15' e 20', apresentando neste último tempo avaliado, 34 bpm superior à frequência inicial. A Mepivacaína a 2% associada à norepinefrina em anestesia infiltrativa ou por bloqueio elevou a média de frequência cardíaca em pacientes atendidos em urgências endodônticas, voltando à normalidade após 20'.

Palavras-chave: Anestesia Intra-Ligamentar, Abcesso Periapical Agudo, Pulpite Irreversível