GEOPROCESSAMENTO APLICADO AOS LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS HISTÓRICOS DA COMISSÃO DA CARTA GEOLÓGICA DO PARANÁ, NO ÂMBITO DO TERRENO PARANAGUÁ.
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Aluno de Iniciação Científica: Jessica Holz França (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Geologia
Orientador: Leonardo Fadel Cury
Departamento: Geologia
Setor: Ciências da Terra
Área de Conhecimento: 10701001
RESUMO
A Comissão da Carta Geológica do Paraná (CCGP), realizou um importante trabalho de mapeamento no leste do estado, nas décadas de 60 e 70, que resultou em um conjunto de folhas geológicas nas escalas 1:50.000, 1:70.000 e 1:75.000. O geoprocessamento das folhas da CCGP que abrangem a área do Terreno Paranaguá e adjacências possibilitou resgatar a visão geral da geologia e levantar questões como projeção cartográfica, o sistema de nomenclatura de rochas ígneas e metamórficas utilizadas na época, e apontar para discrepâncias existentes entre as folhas. Foram selecionadas dezesseis folhas geológicas dos levantamentos da CCGP, publicadas entre 1968 e 1970, na escala 1:70.000: Antonina, Guaraqueçaba, Barra de Ararapira, Serra da Igreja, Paranaguá, Ilha do Mel, Rio Capivari, Rio Pardinho, Ariri, Serra Negra, Guaratuba, Pedra Branca de Araraquara, Tijucas do Sul, Mandirituba, Piên e a folha Morretes, publicada na escala 1:75.000. O software ESRI Arc Map foi utilizado nas etapas de georreferenciamento e vetorização das folhas geológicas da CCGP e também na etapa de ajuste espacial da folha Antonina. O georreferenciamento das folhas resultou em um mosaico que permitiu uma avaliação qualitativa e comparativa dos trabalhos da CCGP e destacou divergências na folha Morretes quanto à escala, detalhamento das unidades, e descontinuidades dos contatos geológicos. Na etapa ajuste espacial da folha Antonina foi utilizado como base a carta topográfica do IBGE MI-2843-4, escala 1:50.000, convertida no datum SIRGAS 2000. Os pontos de controle foram definidos nas porções coincidentes das drenagens e limites geográficos. O ajuste utilizou polinômios de 3º ordem. Apesar de não se ter alcançado a coincidência absoluta das feições da folha Antonina com a carta do IBGE, ao comparar os contatos geológicos vetorizados e ajustados com uma imagem Landsat é possível observar que os contatos delimitam na imagem porções com a mesma textura. Quanto à nomenclatura das rochas graníticas e metamórficas, classificadas segundo Roque e Jung (1952) e Mehnert (1968), diferentes das utilizadas atualmente, os mapas geológicos da CCGP mostram boa correlação em termos descritivos e de distribuição espacial com as unidades litoestratigráficas reconhecidas hoje no Terreno Paranaguá, guardadas as diferenças de nomenclatura. Neste contexto, a correlação com imagens, mapas recentes, e afloramentos chave localizados nas diferentes unidades do Terreno Paranaguá, são ferramentas importantes na compilação dos mapas históricos e posterior edição de integrações em escala regional.
Palavras-chave: Geoprocessamento, Comissão da Carta Geológica do Paraná, Terreno Paranaguá