RESUMO

As redes aéreas protegidas têm apresentado elevado desempenho em regiões urbanas, principalmente em localidades com baixa agressividade ambiental, proporcionando aumento da confiabilidade do sistema elétrico. Por outro lado, em regiões de média e elevada agressividade ambiental, tais como regiões industriais e litorâneas, tem-se observado que os materiais que compõem estas redes (entre os quais isoladores e espaçadores poliméricos) apresentam degradação acelerada em comparação aos mesmos materiais instalados em regiões urbanas. Neste contexto, este trabalho abrange o desenvolvimento de simulações em laboratório para avaliação do impacto de contaminantes presentes em ambientes de média e alta agressividade nos materiais contidos em redes aéreas protegidas, especialmente em materiais poliméricos. Esta avaliação foi realizada por meio de inspeção visual e testes de laboratório utilizando especificamente isoladores e espaçadores poliméricos, tendo em vista as situações típicas encontradas em campo nas redes aéreas protegidas localizadas em ambientes de alta agressividade ambiental. Primeiramente as simulações em laboratório foram efetuadas empregando poluentes como argila, cal, óxido de ferro e farelo de soja possibilitando, com isso, o levantamento de informações sobre os mecanismos de contaminação das superfícies. A partir desse estudo foi possível avaliar a hidrofobicidade de superfícies de silicone e polietileno, geralmente utilizadas como revestimento de isoladores e espaçadores. Ainda, foram desenvolvidos em laboratório diversos testes de envelhecimento através da contaminação destes equipamentos, os quais tiveram seu desempenho avaliado por meio da análise da compatibilidade dielétrica nas superfícies destes materiais contaminados. E por fim, de mesma forma, com o intuito de avaliar a performance destes mesmos isoladores e espaçadores foram efetuadas medições de corrente de fuga em câmara salina.

Palavras-chave: Redes Aéreas Protegidas, Materiais Poliméricos, Poluição