TAXA DE DEGRADAÇÃO DE ESTRUTURAS METÁLICAS DE AÇO CARBONO E AÇO GALVANIZADO, EM FUNÇÃO DA SALINIDADE EM DISTINTAS REGIÕES DO ESTADO DO PARANÁ

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Aluno de Iniciação Científica: Dásio Roberto de Oliveira Júnior (LACTEC)

Curso: Química (MT)

Orientador: Kleber Franke Portella

Co-Orientador: Kelly Jacqueline Campos Brambilla

Colaborador: Marlon Cristiano Gogola, Sirlon Blaskievicz

Departamento: Química

Setor: Setor de Tecnologia

Área de Conhecimento: 30102030


RESUMO

O projeto visou o estudo do desempenho do aço carbono 1020 e do aço galvanizado com espessuras de 80 e 100 micras, expostos em estações de corrosividade atmosférica (ECA´s). Esta etapa do projeto refere-se ao primeiro ano de estudo, compreendido entre junho de 2011 e janeiro de 2013. A localização das estações no estado do Paraná, compreendeu as cidades de Maringá, Ponta Grossa, Paranaguá, Pontal do Sul, Araucária e Curitiba, sendo nesta última, a instalação especificamente na praça Ouvidor Pardinho. As subestações de distribuição de energia pertencentes à Companhia Paranaense de Energia – COPEL foram os locais das instalações das ECA´s e dos corpos de prova, de acordo com a norma NBR 6209. Também foram instalados coletores de poluentes atmosféricos (cloretos, dióxido de enxofre e material particulado) de acordo com as normas NBR 6211, 6921 e IEC/TS 60815-1, respectivamente. A instalação dos coletores teve como objetivo a quantificação desses poluentes, os quais influenciam no processo de degradação do aço carbono. A taxa de corrosão média de placas metálicas expostas foi obtida de acordo com a norma ASTM G1:1990. A norma NBR 14643 foi utilizada para a classificação do grau de corrosividade da atmosfera em cada ECA. Foi possível observar que as taxas de corrosão na estação de Pontal do Sul, para ambos os metais estudados, foram superiores em relação às demais estações. Uma possível explicação para este fato seria que as taxas médias dos poluentes analisados, também foram maiores para a estação de Pontal do Sul, principalmente o íon cloreto proveniente do mar, que contribui com um aumento da velocidade de corrosão dos corpos de prova. Destaca-se também uma grande concentração do poluente SO2 na estação de Araucária, uma região industrializada, sendo o poluente um dos fatores resultantes na corrosão atmosférica da região. Uma estimativa do tempo de vida útil das placas de aço carbono, de pelo menos uma estação (Pontal do Sul) também foi realizada. Analisou-se a profundidade das cavidades resultantes do processo corrosivo tipo placas. Foram obtidas cavidades de 0,50 mm, sendo possível estimar uma previsão de vida útil de 18 meses para a perda da espessura total da placa. Por fim, de uma forma geral, pode-se concluir que no período de estudo, a degradação do aço carbono 1020 das ECA´s obteve classificação entre C3 (média) e C5 (muito alta), enquanto que a classificação para ambos aços galvanizados (80 e 100 micras) foi entre C3 (média) e C4 (alta).

Palavras-chave: Taxa de Corrosão, Corrosão Atmosférica, Metais