RESUMO

Os agregados utilizados em concreto são classificados quanto à sua origem, em naturais e artificiais, quanto ao peso, em leves, normais e pesados e, quanto ao seu tamanho, podem ser graúdos ou miúdos (NBR 9935, NBR 7211). Representam, aproximadamente, 70% da massa do concreto por serem materiais econômicos. Para usá-los, precisa-se avaliar seu desempenho a partir de propriedades físico-químicas, dependentes da forma com que eles são produzidos e também sob quais condições de serviços irão atuar. A avaliação dos agregados deve ser realizada por meio de ensaios laboratoriais para determinar índices definidos e normalizados pelo sistema brasileiro (ABNT) ou de outros países como os EUA (ASTM). Para serem considerados adequados, estes materiais devem apresentar certos requisitos mínimos (NBR 7211) para que diminua a possibilidade de surgência de reações deletérias quando empregados com o cimento no concreto. A diminuição nas propriedades mecânicas, como a resistência à compressão axial (NBR 5739), dos concretos pode ser efeito de uma dessas reações. Alguns requisitos limitantes indicam que os agregados devem ser resistentes, duráveis e inertes (NBR 9935); não podem conter impurezas que prejudiquem o desempenho do cimento (NBR 7221); devem apresentar resistência ao desgaste (NBR NM 51); não devem conter sulfatos ou outros produtos reativos em sua composição acima de certos limites estabelecidos (NBR 9917, NBR 15577), pois esses elementos podem promover reações paralelas com os componentes do cimento, levando à formação de subprodutos que tendem a ser deletérios. Os agregados, portanto, tem capacidade de influenciar negativamente o desempenho do concreto, ressaltando a importância em estudá-los por meio de ensaios laboratoriais para caracterizar e avaliar se o mesmo terá potencialidade de ser deletério ou não quando empregado no concreto.

Palavras-chave: Agregados, Concreto, Propriedades Físico-Químicas