TESTE DA EFICIÊNCIA DO CONTROLE QUÍMICO DE LIMNOPERNA FORTUNEI (DUNKER,1857) EM USINA HIDRELÉTRICA

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Aluno de Iniciação Científica: Mariana Saraiva Romani (LACTEC)

Curso: Engenharia Ambiental (MT)

Orientador: Tânia Lúcia Graf de Miranda

Co-Orientador: Camila Ghilardi Cardoso Fontanella

Departamento: Solos e Engenharia Agrícola

Setor: Setor de Tecnologia

Área de Conhecimento: 20406037


RESUMO

O mexilhão dourado, Limnoperna fortunei (Dunker, 1857), é um molusco bivalve de água doce, originário do sudeste asiático e com grande potencial invasor. Os primeiros registros do mexilhão na América do Sul datam de 1991, no rio da Prata, Argentina. Além de danos ambientais, o mexilhão dourado pode causar grandes prejuízos financeiros, como no caso das usinas hidrelétricas, onde pode se incrustar em diferentes estruturas e equipamentos. Por isso se faz necessário tomar medidas de prevenção de novas introduções e em alguns casos controle das espécies. O presente trabalho tem como objetivo monitorar e testar a eficiência do produto químico MXD100, utilizado no controle do mexilhão dourado na Usina Hidrelétrica Governador José Richa, localizada no rio Iguaçu a 520 km a oeste de Curitiba no estado do Paraná. O experimento realizado consiste na instalação de caixas de acrílico, chamadas de biobox, no sistema de resfriamento das quatro unidades geradoras da usina, por onde passa a água já tratada com o anti-incrustante MXD100, um composto a base de taninos que está sendo utilizado em diversas usinas em todo o país para o controle do mexilhão dourado. Também foi instalado um biobox na caixa espiral, por onde passa a água que movimenta a turbina, e que não recebe nenhum tipo de tratamento, funcionando como controle do experimento. Dentro de cada biobox foram colocados três conjuntos de seis placas de aço carbono, os corpos de prova. Entre os meses de abril de 2012 e fevereiro de 2013 os corpos de prova foram coletados bimestralmente, com a retirada de três réplicas de cada biobox a cada coleta. Os corpos de prova foram então trazidos ao laboratório de biologia do LACTEC, onde foram analisados sob lupa em meio seco e úmido a fim de verificar a presença de mexilhões adultos, sendo a presença do mesmo expressa na forma de densidade de L. fortunei por m². Nas análises realizadas nos corpos de prova coletados entre os meses de abril de 2012 e fevereiro de 2013 foram encontrados apenas indivíduos de mexilhão dourado nas amostras retiradas do biobox de controle, na caixa espiral. Os dados mostram que os tratamentos utilizados nas unidades geradoras são eficientes, visto que nenhum indivíduo foi encontrado nas amostras retiradas dos biobox instalados nas unidades geradoras, nos locais que receberam o tratamento.

Palavras-chave: Mexilhão Dourado, Controle Químico, Espécie Invasora