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Título
AVALIAÇÃO DA PALATABILIDADE E CARACTERÍSTICAS FECAIS EM CÃES ALIMENTADOS COM OVO SPRAY-DRIED

Aluno: Pamela dos Santos Oliveira - IC-Voluntária - Curso de Zootecnia (MT) - Orientador: Ananda Portella Félix - Departamento de Zootecnia - Área de conhecimento: 50702050 - Palavras-chave: co-produtos; fontes proteicas; preferência alimentar - Colaborador: Tabyta Tamara Sabchuk, Lorraynne Pires Antico, Fernanda Malinoski.

O ovo spray-dried (OSD) é um co-produto usado como fonte proteica na alimentação animal. É obtido por meio da secagem por aspersão de ovos trincados, quebrados ou que por algum outro motivo não servem para alimentação humana. Caracteriza-se por um menor custo comparado ao plasma spray-dried, sendo altamente nutritivo. Fornece 51,54% de proteína bruta e é tão rico em proteína quanto o farelo de soja. Além disso, é considerado uma excelente fonte de imunoglobulinas (150 mg de gama globulina por unidade), que mantém suas propriedades mesmo quando submetidas ao processo de secagem por aspersão (spray-dryer). Portanto, objetiva-se com este estudo avaliar a palatabilidade do OSD e as possíveis alterações das características fecais promovidas pelo seu uso na dieta de cães. Para o estudo da qualidade fecal foram utilizados oito cães adultos da raça Beagle, distribuídos em quadrado latino duplo 4x4 (totalizando oito repetições). Os cães receberam dietas contendo 0%, 4%, 8% e 12% de OSD, com cinco dias de adaptação e cinco dias de colheita total de fezes por período. Foram avaliadas nas fezes a matéria seca (MS), escore (1 = fezes liquidas a 5 = fezes secas) e pH. Os dados foram submetidos à análise de regressão (considerando P<0,05). Para a avaliação da preferência alimentar foram utilizados 20 cães adultos de diferentes raças. Foi comparada uma dieta contendo 0% de OSD com uma dieta contendo 4% de OSD. As dietas foram fornecidas simultaneamente uma vez ao dia para a avaliação da primeira escolha (primeira dieta que o cão se aproxima) e razão de ingestão (quantidade relativa consumida). O teste foi realizado em dois dias consecutivos, totalizando em 40 repetições. Os dados foram analisados pelos testes Qui-quadrado e t-Student, ambos considerando P<0,05. Não houve diferença na MS (35,6% em média), escore (3,81 em média) e no pH (6,78 em média) das fezes dos cães (P>0,05). A dieta contendo 4% de OSD mostrou-se mais palatável em comparação à dieta 0% OSD (P<0,05). Tanto para primeira escolha (57,50% 4% OSD vs. 42,50% 0% OSD), quanto para a razão de ingestão (51,81% 4% OSD vs. 48,19% 0% OSD). O OSD não altera as características fecais dos cães, porém aumenta a palatabilidade da dieta. Assim, constitui-se uma boa opção como fonte proteica na alimentação de cães.