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Título
AVALIAÇÃO DAS TAXAS DE SOBREVIVÊNCIA DE OSTRAS DO MANGUE (CRASSOSTREA SP.) EXPOSTAS A DIFERENTES SALINIDADES DA ÁGUA

Aluno: Marcelo Pereira de Souza Junior - PIBIC/CNPq - Curso de Agronomia (MT) - Orientador: Antonio Ostrensky Neto - Departamento de Zootecnia - Área de conhecimento: 50603035 - Palavras-chave: mortalidade; bivalves; cultivo - Coorientador: Aline Horodesky - Colaborador: Thayzi de Oliveira Zeni.

A salinidade é um dos fatores ambientais mais importantes na determinação da distribuição dos moluscos bivalves. Alterações na salinidade podem acarretar diferentes respostas fisiológicas em ostras, influenciando nas taxas de filtração, consumo de oxigênio e nas taxas de transporte de partículas sobre as brânquias. Pode também provocar a redução do crescimento e até a morte dos organismos. O objetivo deste trabalho foi avaliar as taxas de sobrevivência de ostras em diferentes salinidades. As ostras utilizadas nos experimentos foram obtidas diretamente dos cultivos localizados na baía de Guaratuba, litoral paranaense. Os animais foram submetidos a um processo de aclimatação às condições laboratoriais pelo período de dez dias. Os experimentos foram realizados com um amplo gradiente de salinidade: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 10, 25, 35, 45, 55 e 65 ups. Cada tratamento foi realizado em triplicata e a mortalidade das ostras foi avaliada diariamente por meio da avaliação da abertura das conchas (ostras mortas perdem o tônus do músculo adutor e, consequentemente, a capacidade de manutenção da concha fechada). As ostras vivas eram mantidas no sistema até que todos os 20 exemplares de cada repetição morressem. Após 21 dias de exposição todas as ostras dos tratamentos com 0, 1 e 2 ups já haviam morrido. Já na salinidade 3, as primeiras mortalidades foram detectadas após 6 dias. Entretanto, quatro indivíduos sobreviveram a mais de 100 dias de exposição. Nas salinidades 4, 5 e 10, apesar de um pequena incidência inicial de mortalidade, vários indivíduos ainda permanecem vivos (18, 23 e 23 respectivamente) após 121 de exposição à salinidade 4 e 244 dias de exposição às salinidades 5 e 10 (experimentos ainda em andamento). Até o momento, lembrando que os experimentos ainda estão em andamento, as salinidades 25 e 35 ups, apresentaram os menores valores de mortalidade (1 e 2 ostras, respectivamente) após 70 dias de exposição. Nas salinidades mais altas (45, 55 e 65), as ostras apresentaram menor sobrevivência observada, com mortalidade de todos os indivíduos após 15 dias de exposição, caracterizando tais salinidades como as mais nocivas. Portanto, os experimentos já finalizados demonstraram que as taxas de sobrevivência das ostras são maiores quando as salinidades estão entre 5 e 35 ups, e as mais nocivas estão entre as mais baixas e altas (0, 1, 2, 3, 45, 55 e 65).