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Título
ÍNDICE DE NÍVEL SOCIOECONÔMICO DOS ALUNOS DE 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: DESCRIÇÃO DE METODOLOGIA E ANÁLISE PRELIMINAR

Aluno: Marcus Quintanilha da Silva - PIBIC/CNPq - Curso de Pedagogia (N) - Orientador: Ângelo Ricardo de Souza - Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação - Área de conhecimento: 70803013 - Palavras-chave: índice socioeconômico dos alunos; prova brasil; índice de desenvolvimento da educação básica - Coorientador: Andrea Barbosa Gouveia - Colaborador: Nereu Moreira Filho, Gabriela Schneider.

O presente trabalho tem como objetivo discutir a metodologia de criação de um índice de nível socioeconômico dos estudantes de 5º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas municipais brasileiras. Tal construção utiliza dados presentes nos questionários de contexto respondidos pelos alunos que participaram da Prova Brasil nos anos de 2007, 2009 e 2011. Tal índice está composto pelas seguintes variáveis: escolaridade da mãe e do pai, relação de número de quartos e carro por pessoas da família do estudante, trabalho ou não do aluno fora de casa, existência de computador e acesso a internet. Inserido em uma pesquisa mais ampla que busca discutir a efetividade da política no âmbito municipal e estadual, este trabalho é um pequeno recorte que procura analisar um fator que é externo a política educacional, mas que interfere direta ou indiretamente na efetivação desta. Há alguns anos a literatura educacional vem apontando a necessidade de se controlar as questões de origem social e econômica dos educandos para obter uma dimensão mais real do papel da escola e consequentemente das políticas educacionais nos resultados estudantis. A elaboração desse índice tem como base a metodologia utilizada pelo Programa Internacional Avaliação de Alunos (PISA) e os trabalhos de Soares, Alves (2003), Mortinore, Stoll, Ecob, Soares (2005), entre outros, possibilitando ter uma dimensão das condições econômicas e culturais dos estudantes aqui analisados. Há uma descrição inicial dos resultados desse índice ao longo dos três anos analisados, cotejando-o com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Há um limite quantitativo de dados, pois o questionário de contexto que consultamos além de não ter densidade alta foi alvo de modificações ao longo do tempo, que dificulta comparativos históricos,. Tais desafios, porém não são impeditivos para a utilização dessas variáveis como indicadores para investigação da política educacional. As análises do índice e de suas variáveis demonstram uma melhoria do nível socioeconômico dos alunos ao longo dos três anos, sendo que os municípios do sul e do sudeste são os que apresentam os melhores níveis socioeconômicos, ainda que não necessariamente o maior crescimento ao longo do período analisado. Além disso, nota-se uma relação positiva, ainda que não linear, de que os melhores índices socioeconômicos apresentem também os melhores IDEBs, o que dá validade ao índice frente aos estudos anteriores sobre o assunto.