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Título
CARACTERIZAÇÃO DE ISOLADOS DE BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ

Aluno: Vanessa Suzane Schneider - PIBIC/UFPR-TN - Curso de Tecnologia em Biotecnologia - Palotina (N) - Orientador: Eliane Cristina Gruszka Vendruscolo - Departamento de Tecnologia em Biotecnologia - Área de conhecimento: 20000006 - Palavras-chave: isolados; fitohormônio; crescimento vegetal - Coorientador: Marise Fonseca dos Santos - Colaborador: Joel Antônio Cordeiro Abreu.

A maior eficiência na agricultura exige a redução de custos pelas tecnologias sustentáveis. Bactérias que interagem beneficamente com plantas são chamadas de Bactérias Promotoras de Crescimento Vegetal (BPCV). O isolamento de novas estirpes bacterianas é importante para atender as especificidades das diferentes cultivares, solo e clima no Brasil. Bactérias promotoras de crescimento vegetal são capazes de modular o metabolismo das plantas através de produção e degradação de fitohormônios, diminuição do estresse na planta, aumento de resistência à infecção, melhoria da nutrição da planta, etc. Para estimular o crescimento vegetal e proteger contra o estresse, as BPCV sintetizam ácido indol-3-acético e reduzem a quantidade de etileno (fitohôrmonio de senescência e estresse vegetal) degradando seu precursor, 1-aminociclopropano-1-carboxilato (ACC), através da produção de ACC-desaminase. Este trabalho teve como objetivo caracterizar a habilidade de 5 isolados bacterianos obtidos a partir de plantas iscas de trigo e milho (UFPR-PALT 1, UFPR-PALM 77; UFPR-PALM 87; UFPR-PALM 121; UFPR-PALM 122) quanto a produção de AIA e ACC desaminase. Para quantificar a produção de AIA, as bactérias foram cultivadas em meio DYGS. Os conteúdos de AIA foram analisados com o reagente Salkowski modificado (GLICKMANN et al, 1995). Herbaspirillum seropedicae foi utilizada como controle positivo. Para verificar a produção de ACC desaminase, as bactérias foram mantidas em crescimento em seus meios específicos com cloridrato de piridoxina 2,5mM e ACC (6mM) como única fonte de nitrogênio, por 12h. Como controle, foi utilizado meio com NH4Cl 10mM sem ACC. O extrato celular foi usado como ensaio de atividade de ACC desaminase em ACC 0,05M por 15 min e 30oC. O produto da reação, o ácido a-cetobutírico, foi quantificado com 2,4-dinitrofenilhidrazina (GLICK, 2005). Como resultado obtido, foi observado que a produção de AIA na cepa UFPR-PALM 87 foi maior e distinto que os níveis das outras cepas e H. seropedicae. Comparando-se os meios com e sem ACC, a atividade de ACC desaminase foi distinta estatisticamente entre a cepa UFPR-PALM 121 similar ao controle (H. seropedicae). Como conclusão obtida, entre as cepas avaliadas, a UFPR-PAL 87 por apresentar produção de AIA e ACC desaminase combinadas foi considerada como a melhor estirpe com finalidade de biofertilização.