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Título
BIOENSAIO TOXICOLÓGICO FRENTE ARTEMIA SALINA DE EXTRATOS DE PLANTAS MEDICINAIS
Aluno: Mileny Barros Cardoso - PIBIC/UFPR-TN - Curso de Tecnologia em Biotecnologia - Palotina (N) - Orientador: Roberta Paulert - Departamento de Tecnologia em Biotecnologia - Área de conhecimento: 21007004 - Palavras-chave: atividade biológica; extrato vegetal; plantas medicinais - Coorientador: Eduardo Luis Cupertino Ballester - Colaborador: Fernando Garrido de Oliveira, Débora Jaqueline Buss, Welliton Gonçalves de França.
A utilização de plantas medicinais é uma tradição antiga que continua sendo difundida nos tempos modernos para tratamento de diversas doenças. Contudo, o uso destas plantas sem conhecimento farmacêutico e principalmente toxicológico pode se tornar prejudicial à saúde. Portanto, encontrar uma concentração segura para o uso terapêutico é de grande importância. A Artemia salina é um microcrustáceo de baixo custo e fácil acesso sendo uma opção para bioensaio toxicológico de extratos vegetais em laboratório. Buscou-se nesse estudo avaliar a toxicidade do chá das cascas de espécies medicinais da família Meliaceae nativas do Oeste do Paraná: Cedrella fissilis (cedro) e Cabralea canjerana (canjarana) frente às larvas de Artemia salina. O material vegetal foi coletado na UFPR Setor Palotina e seco em estufa a 40ºC por 48 h. Para a obtenção do extrato bruto aquoso, as cascas foram trituradas e misturadas com água fervente. A solução ficou em descanso por 24 h a 4°C, filtrada (para obtenção do extrato bruto) e diluída a 5%, 10% e 20%. A eclosão dos cistos de A. salina foi feita em solução salina (30 g/L, pH = 8-9 com bicarbonato de sódio) em tanques de eclosão por 24 h com iluminação constante. Após a eclosão, as larvas de A. salina foram incubadas a 27ºC por 24 h com os extratos brutos e diluídos de cedro e canjarana (10 larvas/5 mL de extrato). O controle negativo continha apenas solução salina. Após 24 h foram contadas o número de larvas mortas com auxílio de uma lupa e cada experimento foi realizado em triplicata. Os resultados mostraram que os extratos (bruto ou diluído) de cedro e canjarana apresentaram uma mortalidade média de 85% e 90%, respectivamente. No entanto, não é possível afirmar que são extratos tóxicos visto que no controle negativo a mortalidade foi de 83,3%. Desta forma, será necessário alterar as condições do experimento de forma a reduzir a mortalidade das larvas no controle negativo.