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Título
DESENVOLVIMENTO DE UM ÉSTER DO ÁCIDO CÍTRICO E USO DESTE NA PREPARAÇÃO DE FILMES FLEXÍVEIS DE POLI (CLORETO DE VINILA)

Aluno: Marcela Terezinha Chan Salum - Jovens Talentos - CAPES - Curso de Engenharia Química (MT) - Orientador: Sônia Faria Zawadzki Departamento de Química - Área de conhecimento: 10601074 - Palavras-chave: pvc; plastificantes; ftalatos - Colaborador: Anderson Davi de Freitas, Mara Cristina Dalmolin.

O poli (cloreto de vinila), PVC, é um dos polímeros mais usados devido à facilidade de sua produção, ao relativo baixo custo das matérias primas envolvidas na sua síntese e às suas propriedades (boa resistência, impermeabilidade e isolante térmico). Com o propósito de melhorar a flexibilidade e o processamento de polímeros, são adicionadas substâncias que se incorporam a eles, os plastificantes. Os mais comuns usados para o PVC são os ésteres do ácido ftálico, ou ftalatos, devido ao seu baixo custo e boas propriedades de flexibilidade da composição final. No entanto, estudos realizados na década de 90, mostraram que alguns plastificantes à base de ftalato são responsáveis pela proliferação de câncer em camundongos. Desde então, existe a preocupação do uso dos ftalatos com a saúde humana e com o meio ambiente. Assim, o presente trabalho tem como objetivo sintetizar e testar um plastificante alternativo para o PVC, a partir do ácido cítrico. Para tal, realizou-se uma reação de esterificação envolvendo ácido cítrico e lactato de n-propila, na proporção 1:6, respectivamente, com adição de 5% (m/m) de catalisador (octanoato de estanho) em relação ao ácido cítrico. O tempo de reação foi de 4 horas, sendo 2 horas a 120ºC e 2 horas a 150ºC, em atmosfera inerte de nitrogênio e constante agitação, com o auxílio de um balão de reação de três bocas e um condensador acoplado. Através da análise por espectrometria na região do infravermelho, observou-se que o plastificante sintetizado apresentava banda característica de éster, como esperado. No entanto, o produto da esterificação está sendo caracterizado através da técnica de RMN (ressonância magnética nuclear), para se comprovar a formação do éster e verificar se a esterificação foi total ou parcial. O plastificante produzido foi adicionado na preparação de filmes de PVC nas concentrações de 10%, 20%, 30%, 40% e 50% (m/m). Aparentemente, os filmes com 10%, 20% e 30% de plastificante apresentaram-se mais transparentes e flexíveis do que os demais. Posteriormente, os filmes serão analisados através de testes térmicos, mecânicos e de permanência do plastificante, para a caracterização de suas propriedades, podendo-se inferir uma melhor utilização para o polímero.