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Título
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DA MADEIRA DE EUCALYPTUS UROGRANDIS PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL CELULÓSICO A PARTIR DO PRÉ-TRATAMENTO POR EXPLOSÃO A VAPOR E HIDRÓLISE ENZIMÁTICA

Aluno: Carlos Eduardo Arnt Ramos - Curso de Engenharia Florestal (MT) - Orientador: Luiz Pereira Ramos - Departamento de Química - Área de conhecimento: 50204068 - Palavras-chave: eucalyptus urograndis; pré-tratamento; hidrólise enzimática - Coorientador: Washington Luiz Esteves Magalhães - Colaborador: Luana Marcelle Chiarello.

Um dos maiores obstáculos para a produção industrial de etanol celulósico é o grau de associação em que se encontram os principais componentes macromoleculares da parede celular. Tal associação, envolvendo celulose, hemiceluloses e lignina, dificulta o acesso das enzimas, reduz os rendimentos de hidrólise enzimática e prejudica a etapa posterior de fermentação para a produção de etanol celulósico. Com o intuito de possibilitar um rendimento satisfatório no processo de produção, foi selecionada a realização de um pré-tratamento por explosão a vapor (auto-hidrólise), que tem se mostrado eficaz para diferentes tipos de biomassa vegetal por desconstruir a estrutura da parede celular, aumentando o acesso das enzimas aos seus respectivos substratos. Atualmente, vários tipos de materiais lignocelulósicos vêm sendo considerados para projetos de bioconversão e biorrefinarias e, dentre eles, despontam as florestas de Eucalyptus urograndis, um híbrido conhecido por seu rápido crescimento e sua versatilidade para aplicação na indústria. Neste trabalho, cavacos industriais de E. urograndis foram pré-tratados por explosão a vapor para avaliar o efeito deste processo sobre a composição química e a suscetibilidade à hidrólise enzimática do material produzido. Os experimentos foram organizados em um planejamento experimental simples com quatro experimentos, realizados a 180 e 210°C por 5 a 10 min, além de uma triplicata no ponto central (195°C por 7,5 min), com o objetivo de realizar uma pré-otimização do processo. O pré-tratamento mais severo (210°C por 10 min) resultou no substrato mais suscetível à hidrólise, oferecendo rendimentos de sacarificação de até 87% do seu teor de celulose. No entanto, o uso de condições mais severas levou a maiores perdas de massa, particularmente no que tange à recuperação dos carboidratos das hemiceluloses. Esses resultados, ainda que preliminares, podem ser considerados promissores e demonstram o potencial deste híbrido de Eucalyptus sp. para a produção de etanol celulósico. Apoio: Embrapa-Florestas, CNPq.