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Título
INVESTIGAÇÃO DO PAPEL DA PROTEÍNA PRION CELULAR NO OLFATO
Aluno: Gabriel Francisco Santos de Oliveira - PIBIC/CNPq - Curso de Ciências Biológicas (M) - Orientador: Adriana Frohlich Mercadante - Departamento de Patologia Básica - Área de conhecimento: 20000006 - Palavras-chave: prpc; sistema de duplo-híbrido; epitélio olfatório - Coorientador: Larissa Morato Luciani Richter - Colaborador: Ana Paula Lappas Giménez, Mariana Campos Atherino, Fernanda Miwa Yamasaka.
Encefalopatias espongiformes transmissíveis são doenças neurodegenerativas fatais que envolvem a conversão da proteína príon celular endógena (PrPC) em sua isoforma infecciosa, proteína príon scrapie (PrPSc). Embora a PrPC seja conservada entre as espécies, não há um consenso sobre suas funções fisiológicas. Entre as atribuições da PrPC estão: estresse e comportamento, ciclo sono-vigília, memória, neuritogênese, neuroproteção e adesão celular. A expressão de PrPC foi reportada em diferentes áreas do sistema olfatório, como epitélio e bulbo olfatórios. Assim, investigou-se o papel da proteína príon celular no olfato, através do sistema duplo-híbrido. O objetivo deste projeto foi identificar e caracterizar as interações entre PrPC e outras proteínas expressas em epitélio olfatório de camundongos, por meio do sistema de duplo híbrido em leveduras. No sistema de duplo-híbrido, uma proteína de interesse é expressa em fusão com uma isca. Outra proteína (codificada por um gene presente numa biblioteca de cDNA de epitélio olfatório de camundongo) expressa com um alvo cria um novo ativador transcricional capaz de ativar genes-repórteres regulados por operadores LexA. A interação dessas proteínas é visível fenotipicamente pela expressão dos genes-repórteres, já que a cepa EGY48 (na qual a biblioteca foi transformada) cresce em meio sem leucina, devido à presença do gene-repórter LEU2 (controlado por 6 operadores LexA). O vetor da proteína de interesse é transformado na cepa RFY206, cujo repórter é o gene lacZ. A junção dessas duas cepas pode formar células diploides. Usando PrPC em fusão com a isca, foram encontrados dez possíveis ligantes, entre eles Beta-Catenina (Ctnnb1) e STIP1 homology and U-Box containing protein 1 (Stub1), que foram confirmados por ensaio de pull down. Essa variedade de ligantes propõe que PrPC faz parte de um complexo multiproteico modulador de diversas funções celulares. Os resultados fornecidos podem ajudar na elucidação do papel de PrPC na base molecular do olfato e na modulação de processos biológicos com um todo.