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Título
ATIVIDADE DE ESTIRPES BRASILEIRAS DE BACILLUS THURINGIENSIS NO CONTROLE DE DUPONCHELIA FOVEALIS
Aluno: Estela Adeline Brenner - Pesquisa voluntária - Curso de Agronomia (MT) - Orientador: Maria Aparecida Cassilha Zawadneak - Departamento de Patologia Básica - Área de conhecimento: 50102036 - Palavras-chave: bacillus thuringiensis; lagarta do morangueiro; duponchelia fovealis - Coorientador: Braulio Santos.
A lagarta Duponchelia fovealis Zeller é uma nova espécie de praga do morangueiro no Brasil. Sua introdução no país é recente, o que dificulta recomendações de seu manejo por ausência de estudos avaliando a eficiência de métodos controle. O presente estudo teve como objetivos: a) testar diferentes estirpes do bioinseticida Bacillus thuringiensis (Bt) na mortalidade das lagartas de D. fovealis Zeller; b) testar a eficiência de baculovírus na mortalidade das lagartas de D. fovealis Zeller. O estudo foi desenvolvido no Laboratório de Entomologia Prof. Ângelo Moreira da Costa Lima, do Departamento de Patologia Básica, da UFPR. Foram utilizadas lagartas de 3º ínstar obtidas da criação de manutenção do laboratório e alimentadas em dieta artificial. Para o bioensaio de Bt, o delineamento foi inteiramente casualizado, sendo composto pelos tratamentos foram duas estirpes de B. thuringiensis var. kurstaki linhagem HD-1 sendo: (T1) Dipel WP® 1g.L -1; (T2) Dipel WP® 2g.L -1; (T3) Thuricide® 1g.L -1; (T4) Thuricide® 2g.L -1; (T5) Lambdacialotrina 2,5m.100mL-1; (T6) Testemunha (água destilada), com 10 repetições. Para o bioensaio de mortalidade por baculovírus, foi utilizado um isolado da coleção da Embrapa Soja, Londrina-Paraná, agente natural que infecta lagartas de Condylorrhiza vestigialis (Lepidoptera: Cambridae). Foram colocadas cinco lagartas em potes plásticos de 100ml com tampa, após inoculação do baculovírus na dieta. Para 1L de água destilada, foi utilizado 10 g do baculovírus. Os insetos foram mantidos em BOD (28ºC ± 2ºC, 70 ± 10% UR e fotofase de 14 horas). As avaliações foram feitas diariamente a partir do segundo dia após inoculação até que fossem constatadas todas as lagartas mortas ou avaliadas até que se tornem adultos para observar se ocorreriam deformações. Os resultados do bioensaio com Bt demonstraram os tratamentos diferiram significativamente entre si (p-valor = 0,002) sendo que lambda-cialotrina e as duas estirpes de B. thuringiensis na dose de 2g.L-1; apresentaram mortalidade similar de D. fovealis em comparação aos demais tratamentos. No bioensaio com Baculovirus foi observado que houve mortalidade parcial, porém estes testes iniciais servirão de base para a criação de um protocolo de estudos visando avaliar com maior precisão o efeito do baculovirus sobre lagartas de D. fovealis. Os resultados obtidos nos dois experimentos possibilitarão estudar novas cepas mais promissoras visando o desenvolvimento de um bioinseticida para o controle biológico de D. fovealis em morangueiro.