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Título
ANÁLISE E LEVANTAMENTO DA DENSIDADE DE FIBRAS SENSITIVAS PRESENTES NO ACETÁBULO DE GATOS

Aluno: Mayara Eggert - PIBIC/UFPR-TN - Curso de Medicina Veterinária - Curitiba (MT) - Orientador: José Fernando Ibañez - Departamento de Medicina Veterinária - Área de conhecimento: 50500007 - Palavras-chave: displasia coxo-femoral; gatos; denervação acetabular - Coorientador: Renato Souza e Silva - Colaborador: Lucas Lubasinski Daniel, Janayna de Lima Ballardini, Amanda Becker.

A displasia coxo-femoral é amplamente estudada por conta de sua gravidade em sinais clínicos e por ser uma das afecções ósseas mais comuns em cães e, apesar de muitas características e fatores de risco da doença já estarem bem definidas nesta espécie, poucos são os estudos publicados da presença e tratamento da displasia em populações ou raças de gatos. Estas discrepâncias podem estar associadas ao fato de que, nesses animais, muitas vezes as lesões provocadas pela displasia coxofemoral não levam a manifestações clinicas evidentes. Não há literatura específica para o diagnóstico e tratamento da DCF nos gatos, e os métodos empregados para os cães são estendidos aos gatos, apesar das diferenças anatômicas entre as espécies Uma das técnicas que tem sido estudada é a de denervação acetabular com fins analgésicos, que consiste em realizar uma curetagem do periósteo acetabular até a exposição do osso cortical, o que remove as fibras sensitivas da região, cessando a dor do paciente, porém mantendo a progressão da doença. Essa técnica em cães é corroborada por um estudo que levantou a densidade das fibras sensitivas no acetábulo de cães, em que foi encontrada uma média de 69.84 fibras/mm² em todo o acetábulo, sendo a região craniodorsal a que apresentava maior densidade de fibras. O presente estudo busca, através do levantamento da densidade de fibras sensitivas no acetábulo de gatos, ampliar os conhecimentos acerca da displasia coxofemoral em felinos e direcionar seu tratamento da melhor forma possível. A fim de quantificar as fibras nervosas, bem como de determinar qual a região acetabular que possui maior concentração de fibras sensitivas no periósteo, realizou-se a coleta bilateral do acetábulo de 30 gatos, seccionados em 3 regiões (cranial, dorsal e caudal), passando-se à confecção das lâminas com descalcificação, processamento histológico e coração das mesmas com Hematoxilina-Eosina (HE) e impregnação argêntica. Resultados parciais demonstram que apenas metade das amostras apresentavam superfície capsular visível ao uso da coloração HE. As lâminas que foram submetidas à impregnação por prata não obtiveram bons resultados no processamento, não sendo possível a visualização das fibras nervosas. Essas falhas do processamento podem ser explicadas pelo fato de que o método de impregnação utilizado não ter sido adequado à pesquisa realizada. O método de Linder modificado foi elencado para permitir esta visualização das fibras e resultados futuros são aguardados.