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Título
TERMOGRAFIA OCULAR EM ANIMAIS DOMÉSTICOS E SELVAGENS COM E SEM UVEÍTE
Aluno: Mariza Bortolini - PIBIC/CNPq - Curso de Medicina Veterinária - Curitiba (MT) - Orientador: Fabiano Montiani-Ferreira - Departamento de Medicina Veterinária - Área de conhecimento: 50501062 - Palavras-chave: termografia ocular; uveite; afecções oculares - Coorientador: Peterson Triches Dornbusch - Colaborador: Christiane Montenegro Coimbra Moura, Manuella Oliveira Borges de Sampaio, Andre Tavares Somma.
As uveítes representam uma das principais afecções oftálmicas que ocorrem nos animais domésticos e selvagens. O processo inflamatório se dará em resposta à agressão devido a infecções, sistêmicas ou não, reações auto-imunes, traumas, entre outras possíveis causas. O presente estudo busca uma nova alternativa para diagnóstico da uveíte, visto que a termografia ocular foi pouco estudada na medicina veterinária. Os animais avaliados no estudo foram mantidos em ambiente climatizado por 20 minutos prévios ao exame a uma temperatura de 22 graus Celsius, após a realização do exame oftálmico. Os sinais clínicos observados foram: blefarospasmo, epífora, hiperemia de conjuntiva bulbar, neovascularização de córnea, edema e opacidade corneana, úlcera de córnea, íris bombé, miose, rubeosis iridis, alteração da coloração da íris, catarata, sinéquia posterior e PIO reduzida no olho afetado. O método de diagnóstico da termografia para uveíte apresentou alguns problemas, entre eles a coexistência de outras afecções oftálmicas em estruturas vizinhas como pálpebras e córnea, que podem interferir na temperatura aferida da úvea, internamente no bulbo ocular. Algumas doenças oculares específicas como a ceratoconjuntivite seca, blefarites, glaucoma, somadas as influências ambientais, principalmente à temperatura, e a baixa casuística desta enfermidade na sua forma “pura”, não combinada com outras afecções, durante o período de pesquisa no Hospital Veterinário da UFPR dificultaram a obtenção de um resultado que possa representar o papel da termografia no diagnóstico da uveíte. Concluímos que estas variáveis devem ser consideradas, pois dificultam o estabelecimento de uma temperatura média para bulbos afetados pela uveíte. Todavia, acreditamos que o método termográfico possa ter alguma utilidade quando empregamos o olho contralateral, quando saudável, como controle do olho acometido pela uveíte.