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Título
ALTERAÇÃO DO PADRÃO DE FERMENTAÇÃO DE SILAGENS DE CAPIM PIONEIRO COM ADIÇÃO DE CASCA DE SOJA, INOCULANTE BACTERIANO-ENZIMÁTICO E RESÍDUO DE UVA
Aluno: Maira Rosa Varussa - PIBIC/Fundação Araucária - Curso de Medicina Veterinária - Palotina (MT) - Orientador: Américo Fróes Garcez Neto - Departamento de Medicina Veterinária - Área de conhecimento: 50404016 - Palavras-chave: aditivo; conservação; forragem - Colaborador: Tiago Machado dos Santos, Larissa Goltz, Ricardo Davi Kliemann.
O aproveitamento do excedente de forragens tropicais para produção de silagem pode constituir uma alternativa de baixo custo e boa eficiência para alimentação do rebanho. Porém, no momento ideal de corte, o teor alto de umidade destas forrageiras, o baixo teor de carboidratos solúveis e ainda a elevada capacidade tampão, apresentam-se como obstáculos para o seu aproveitamento na forma de silagem, devido à ocorrência de fermentações indesejáveis. O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o padrão de fermentação e a estabilidade aeróbia do capim Pioneiro ensilado com diferentes aditivos. Neste estudo foi adotado um delineamento inteiramente casualizado, em parcelas subdividas, com quatro repetições. Foram testados quatro tipos de ensilagem do capim Pioneiro (Pioneiro, Pioneiro com casca de soja, Pioneiro com casca de soja mais inoculante bacteriano/enzimático e Pioneiro com resíduo de uva), em três períodos de avaliação (0, 7 e 14 dias de exposição aeróbia). Todo material foi colhido, picado em partículas de aproximadamente 20 mm e ensilado em tubos de PVC com 150 mm de diâmetro e 600 mm de altura, sob uma pressão de 600 kg de matéria natural/m3. As amostras foram analisadas quanto ao pH, poder tampão (PT), condutividade elétrica, nitrogênio amoniacal (N-NH3) e matéria seca (MS). Os valores de pH não diferiram para os tratamentos controle e com a adição de resíduo de uva (variação de 3,78 a 3,96), sendo significativamente menores para esses tratamentos até os 7 dias de exposição aeróbia. O poder tampão desses tratamentos seguiu padrão similar ao encontrado para o pH. Tanto a adição da casca de soja quanto a adição de casca de soja com inoculante não foram eficientes em reduzir o pH e manter a estabilidade aeróbia quando comparados aos outros dois tratamentos. Não houve diferença de N-NH3 entre as silagens, sendo o maior valor encontrado aos 14 dias de aeração. Mesmo com aproximadamente 20% de matéria seca no momento de sua ensilagem, o capim Pioneiro apresenta condições adequadas à produção de silagem de boa qualidade, sem a necessidade de inclusão de casca de soja e uso de inoculante bacteriano/enzimático. O resíduo de uva apresenta potencial para ser utilizado na preparação de silagem do capim Pioneiro.