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Título
AVALIAÇÃO DO USO DE PROSTAGLANDINA (PGF2 alfa) NO PÓS-PARTO DE BOVINOS LEITEIROS
Aluno: Fernanda Damaceno Tavares - Pesquisa voluntária - Curso de Zootecnia (MT) - Orientador: Marcos Vinicius Ferrari - Departamento de Medicina Veterinária - Área de conhecimento: 50504002 - Palavras-chave: prostaglandina; parto; estro - Colaborador: Ana Paula Brenner Busch, Milena Toporovicz da Silva, Jorge Henrique Carneiro.
Na bovinocultura leiteira economicamente viável, é ideal que o rebanho apresente intervalo entre partos entre 12 e 14 meses, na média. Para obtenção deste índice, as vacas devem estar aptas a conceber novamente em até 90 dias após o parto, sendo para isto necessária a completa involução uterina e retorno da atividade ovariana. A involução uterina consiste no retorno da simetria dos cornos uterinos associado à involução histológica, contrações do miométrio, expulsão dos lóquios e eliminação da contaminação bacteriana, porém, frente à presença de progesterona (P4), tal processo de involução demanda tempo excessivamente longo do ponto de vista econômico. Bovinos são corpo lúteo dependentes durante a gestação e, assim, após o parto, o corpo lúteo da gestação prévia pode ser encontrado nos ovários, sendo fonte de progesterona (P4) e, portanto, possível causa de atrasos na involução uterina. Desse modo, o objetivo deste estudo foi o de avaliar os efeitos da aplicação de 2 mL de cloprostenol sódico por via intramuscular no 1° dia pós-parto de vacas multíparas e com escore corporal ideal ao parto sobre o intervalo do parto à primeira cobertura e o número de serviços por concepção. O estudo foi realizado entre os meses de abril e setembro de 2013, no setor de Bovinocultura Leiteira da Fazenda Cangüiri - UFPR, município de Pinhais - PR. Foram utilizadas 20 vacas multíparas das raças Holandesa Preto e Branca, Jersey e mestiças de ambas, divididas aleatoriamente em grupo controle (10 animais) e grupo tratamento (10 animais). Todos os animais pariram naturalmente e não apresentaram patologias no puerpério. A média do número de dias entre o parto e a primeira inseminação artificial foi de 56,9 dias para o grupo tratado com cloprostenol sódico e 72,6 dias para o grupo controle, não diferindo estatisticamente ao nível de 5% de significância pelo teste t de Student. A média do número de serviços por concepção foi de 2,0 serviços para o grupo tratamento e 2,1 serviços para o grupo controle, não diferindo estatisticamente ao nível de 5% de significância pelo teste t de Student. De destaque, vale ressaltar que, mesmo não havendo diferenças significativas, há clara tendência para a redução do período de dias abertos, o que pode trazer ganhos econômicos.