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Título
AVALIAÇÃO MACROSCÓPICA DO EFEITO CICATRIZANTE DO AÇÚCAR EM DIFERENTES FORMULAÇÕES TÓPICAS NO TRATAMENTO DE FERIDA POR SEGUNDA INTENÇÃO EM RATOS WISTAR
Aluno: Bárbara Amanda Bebber - PIBIC/CNPq - Curso de Medicina Veterinária - Palotina (MT) - Orientador: Erica Cristina Bueno do Prado Guirro - Departamento de Medicina Veterinária - Área de conhecimento: 50503022 - Palavras-chave: cicatrização; clorexidina; sacarose - Colaborador: Fabiana Carla Puntel, Rafael Messias Luiz, Aline de Marco Viott.
A cicatrização é um processo dinâmico que envolve fenômenos bioquímicos e fisiológicos que atuam de forma harmoniosa garantindo a restauração tissular. Existe uma grande tendência para o aproveitamento de recursos naturais na medicina por apresentarem poucos efeitos colaterais. O açúcar cristal é capaz de acelerar a cicatrização, pois auxilia na formação do tecido de granulação precoce e atua como agente bactericida e bacteriostático. Este estudo avaliou macroscopicamente o efeito cicatrizante do açúcar em diferentes formulações tópicas para tratamento de ferida por segunda intenção. Para tanto, 49 ratos Wistar foram divididos em sete grupos experimentais de sete animais cada, submetidos à realização de ferida cutânea de 8mm de diâmetro e tratados com NaCl 0,9% (G1), açúcar granulado (G2), gel de carboximetilcelulose (G3), gel de carboximetilcelulose acrescido de açúcar (G4), clorexidina (G5), clorexidina acrescida de açúcar (G6) ou pomada comercial a base de fibrinolisina, desoxirribonuclease, cloranfenicol (G7). O curativo foi realizado duas vezes ao dia até a completa reparação tecidual, sendo que nos dias D2, D4, D7, D10, D14, D21 e D30 um animal de cada grupo foi submetido à eutanásia e, na sequência, a ferida foi avaliada quanto à presença de crosta, edema ou infecção; área (cm2) utilizando-se o software Quant (versão 1.0.1, Viçosa, Minas Gerais, Brasil) e dias necessários à reparação completa da pele. Os dados paramétricos foram avaliados por ANOVA seguido de Tukey e os dados não paramétricos por Kruskal Wallis (p<0,05). Não houve edema ou infecção em nenhum grupo. Apenas em G7 não houve crosta, o que é benéfico à ferida, enquanto observou-se a presença de crosta a partir de D2 até D7 em G1, G2, G3 e G4 e até D10 em G5 e G6, sendo mais evidente nos grupos que incluíam açúcar (G2, G4 e G6). A área das feridas regrediu a partir de D2 em G5 e G7; em G6 a área manteve-se praticamente a mesma até D2; atingiu-se praticamente o dobro da área inicial em G1 e G3 e o triplo do tamanho em G2 e G4, em D2, e apenas após D4 houve redução da área lesionada. O G7, utilizado como controle positivo do estudo, exibiu os melhores índices, e foi seguido de perto pelo tratamento com clorexidina associado ao açúcar (G6) ou carboximetilcelulose acrescido de açúcar (G4), sendo que G6 apresentou reparação tissular um pouco mais rápida, mas em G4 a crosta foi menos persistente. Conclui-se que as associações de gel de carboximetilcelulose e açúcar ou clorexidina e açúcar são eficientes na cicatrização de feridas por segunda intenção em ratos Wistar.