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Título
EFEITO DO ÁCIDO GUANIDINOACÉTICO E ARGININA SOBRE A QUALIDADE DA CARNE DE FRANGOS DE CORTE SUBMETIDOS AO ESTRESSE POR CALOR NO PERÍODO PRÉ-ABATE

Aluno: Anete Rorig - PIBIC-AF/CNPq - Curso de Medicina Veterinária - Palotina (MT) - Orientador: Jovanir Inês Müller Fernandes - Departamento de Medicina Veterinária - Área de conhecimento: 50403001 - Palavras-chave: aminoácidos; creatina; conforto térmico - Coorientador: Mayra Vissotto Ribeiro - Colaborador: Karen Prokoski, Adrieli Braga de Cristo, Jonas Rodrigo Layter.

Compostos biológicos poupadores de aminoácidos essenciais podem ser incluídos nas dietas desde que sejam viáveis economicamente e não comprometam a qualidade da carne. O ácido guanidinoacético é um composto poupador de Arg e Gly, pois é precursor direto da creatina. Interações entre fatores genéticos, nutrição e condições de estresse ambientais podem comprometer a qualidade da carne, que se reflete em produtos de pouco rendimento na produção industrial e baixa aceitação pelos consumidores. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da adição do ácido guanidinoacético e arginina sobre a qualidade da carne de frangos de corte submetidos ao estresse por calor no período pré-abate. Foram utilizados 1260 pintos de corte, de 1 dia de idade, machos, distribuídos em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro tratamentos, nove repetições e 35 aves por unidade experimental. Foi utilizada uma dieta com ingredientes de origem animal (A), uma dieta controle vegetal a base de milho e soja (B), uma dieta controle vegetal acrescida de 0,8 % de ácido guanidinoacético (C) e uma dieta controle vegetal acrescida de 0,8 % de L-Arginina (D). Aos 42 dias de idade, 12 aves/tratamento foram sacrificadas para avaliação da qualidade da carne: determinação do pH, medida de cor e determinação da perda de peso por cozimento, congelamento e pressão. As demais aves foram submetidas ao estresse por calor por 48 horas (±32oC) e passado esse período mais 12 aves/tratamento foram sacrificadas para serem submetidas as mesmas avaliações. Para estas avaliações o delineamento estatístico adotado foi em esquema fatorial 4 x 2 (dietas e estress por calor). Os dados estão sendo submetidos à análise estatística utilizando-se o programa SAS. Os resultados parciais obtidos permitem concluir que as aves estressadas pelo calor, independente dos tratamentos apresentaram menor valor de pH 24 hs após o abate, maior perda de peso por cozimento e menores valores de perda de peso por congelamento e por pressão em relação às aves abatidas em condições de conforto térmico. Os valores de cor foram semelhantes nas duas condições. Em relação aos tratamentos, observou-se, independente do estress por calor que os filés do peito das aves que receberam o ácido guanidino acético na dieta apresentaram maior perda de peso por cozimento e por congelamento. O estudo estatístico da interação entre os fatores dieta e estresse por calor ainda estão sendo conduzidos, o que permitirá maiores inferências sobre a qualidade da carne de frangos de corte nestas condições.