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Título
AVALIAÇÃO DO REVESTIMETO DE LIGAS DE NBMO DEPOSITADAS POR ASPERÇÃO TÉRMICA RESISTENTES A CORROSÃO NAFTÊNICA
Aluno: Gabriel Nichele Sampaio - Jovens Talentos - CAPES - Curso de Engenharia Mecânica (MT) - Orientador: Ramón Sigifredo Cortés Paredes - Departamento de Mecânica - Área de conhecimento: 30303044 - Palavras-chave: aspersão; niobio; molibdenio - Coorientador: Carolina Mariano.
O petróleo da América do Sul está entre os tipos mais ácidos do mundo. Sua acidez se explica pela degradação bacteriana que forma ácidos naftênicos principalmente de cadeia curta. Esses ácidos em especial são nocivos aos equipamentos utilizados nas torres de destilação e sua corrosão se intensifica quando sujeito a temperaturas entre 200 - 400 ºC e velocidades de fluxo de 120 m/s. Um dos meios utilizados para criar proteção contra a corrosão naftênica é a deposição de camadas metálicas por aspersão térmica. A deposição de material por aspersão térmica consiste em arremessar o material fundido em alta velocidade na superfície em que se quer proteger. O processo é executado por uma pistola, que possui uma chama em sua extremidade que funde o metal que é alimentado - arame ou pó - instantaneamente. Em seguida, o produto fundido, que apresenta alta plasticidade, é arremessado por um jato de gás inerte e colide em alta velocidade com a superfície a ser revestida, formando "panquecas" e criando uma camada de material sobre o substrato. Especificamente contra a corrosão naftênica, a deposição da liga NbMo é uma boa opção, uma vez que esses metais se mostraram resistentes à esse tipo de corrosão. Na pesquisa, foram depositados misturas de NbMo pelo processo de aspersão a chama-pó, e com diferentes concentrações de liga a fim de avaliar a espessura do revestimento e a qualidade da deposição. Após a deposição foram realizados ensaios de dobramento, MEV e EDS para analisar a qualidade da aspersão, espessura e composição química do produto final. Os resultados finais mostram que a utilização de um revestimento através de uma mistura de nióbio e molibdênio é uma boa opção em termos de aderência no material base, bem como apresenta distribuição homogênea das "panquecas" depositadas.