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Título
A RAINHA EGÍPCIA NA MODERNIDADE: UMA ANÁLISE DA IMAGEM DE CLEÓPATRA VII A PARTIR DO FILME ‘CLEÓPATRA’, DE 1963
Aluno: Bárbara Rodrigues de Oliveira - PIBIC/CNPq - Curso de História (T) - Orientador: Renata Senna Garraffoni - Departamento de História - Área de conhecimento: 70500002 - Palavras-chave: egiptomania; usos do passado; cleópatra vii.
Na primeira fase da pesquisa, realizada no edital 2012-2013, nos detivemos, principalmente, na análise imagética do filme “Cleópatra”, de 1963, buscando referenciar a questão dos usos do passado, considerando os contextos referente à vida da rainha egípcia e, portanto, situando na antiguidade, entre os anos de 70 e 30 a.C.; e referente ao período de produção do filme, na década de 1960. Nesta nova etapa da pesquisa, agora financiada pelo CNPq, temos como objetivo principal o aprofundamento das discussões acerca da antiguidade inserida em nossa contemporaneidade, por meio do cinema. Neste sentido, trabalharemos a partir das questões já discutidas no edital anterior acerca da personagem de Cleópatra no cinema, bem como buscaremos compreender o posicionamento da antiguidade no cinema, utilizando de referenciais teóricos de Usos do Passado, Teoria de Recepção e o cinema hollywoodiano enquanto gênero épico. Esta pesquisa também objetiva compreender as influências da imagem da rainha Cleópatra VII na sociedade norte-americana na década de 1960. Além disso, esta pesquisa pretende analisar os reflexos da cultura egípcia em nossa contemporaneidade, por meio do conceito de Egiptomania. Como metodologia, além de uma análise fílmica, imagética e historiográfica da fonte, também utilizamos de uma vertente bibliográfica, por meio de uma análise dos Usos do Passado em relação à documentação. A partir de uma análise inicial, podemos concluir nesta etapa da pesquisa que, em relação à representação do passado em nossa contemporaneidade, o cinema de gênero histórico tende a carregar em sua narrativa as interpretações de sua contemporaneidade, embora o enredo descrito aborde uma temática acerca da antiguidade. Além disso, concluímos também que a representação da personagem de Cleópatra por Elizabeth Taylor está relacionada à representação de personagens icônicos no cinema e, por este motivo, carrega as concepções da cultura que a produziu. Cleópatras - assim como Cristos, Satãs ou imagens de quaisquer personagens frequentemente representados por longos períodos de tempo - são sempre recriadas pelos indivíduos que as imaginam e pelas sociedades em que essas pessoas vivem.