0764

Título
VERTEBRADOS, INVERTEBRADOS E COPRÓLITOS DA FORMAÇÃO RIO DO RASTO (NEOPERMIANO) NO PARANÁ: ENFOQUE PRELIMINAR SOBRE A BIOESTRATIGRAFIA E PALEOECOLOGIA

Aluno: Thalles Ribeiro de Mello - PIBIC/CNPq - Curso de Geologia (MT) - Orientador: Cristina Silveira Vega - Departamento de Geologia - Área de conhecimento: 10701125 - Palavras-chave: bioestratigrafia; paleoecologia; permiano.

A Formação Rio do Rasto (Neopermiano) pertence ao Grupo Passa Dois da Supersequência Gondwana I da Bacia do Paraná e é dividida em dois membros, Serrinha e Morro Pelado. Este último é composto principalmente por intercalações de arenitos finos estratificados ou maciços com lamitos vermelhos com rico conteúdo fossilífero (conchostráceos, bivalves, fragmentos de peixes, restos vegetais e tetrápodes). Há intercalações com arenitos eólicos da Formação Pirambóia, com espessamento ascendente, formando um contato transicional. O paleoambiente foi interpretado como fácies muito distais de leque aluvial, com planícies de inundação coalescentes, relacionados com paleoclima cada vez mais árido para o topo. O presente trabalho pretende estudar fósseis que correspondem a uma mandíbula tentativamente atribuída a peixe (UFPR 0252 PV, a, b), moluscos bivalves ainda não catalogados e coprólitos (UFPR 0250 PV e UFPR 0256 PV) procedentes do afloramento localizado na PR 090, próximo a São Jerônimo da Serra (PR), correspondente ao Membro Morro Pelado. A descrição e estudo do material ictiológico auxiliarão no reconhecimento do paleoambiente, além de possivelmente tratar-se de material inédito. Os bivalves já foram citados na literatura como importantes para correlações bioestratigráficas, além de serem bons indicadores de paleoambiente. Para a descrição destas peças, será feito um levantamento bibliográfico para comparação com materiais previamente descritos. Também serão estudados coprólitos, que são importantes em estudos paleoecológicos. Para tanto serão confeccionadas lâminas petrográficas para a determinação da composição mineralógica e para observação de possíveis restos que evidenciem a dieta dos organismos. Estudos prévios de vertebrados da Formação Rio do Rasto mostram a importância deste grupo para correlação com as faunas encontradas nos afloramentos gaúchos e sul-africanos. O estudo de vertebrados e das interações entre esses táxons, bem como o estudo de invertebrados, auxiliarão no refinamento da bioestratigrafia da Formação Rio do Rasto, sendo de grande importância para correlações com a Bacia do Karoo no sul da África e para a paleobiogeografia do Gondwana.