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Título
PETROLOGIA DAS ROCHAS MÁFICAS DO GABRO JOSÉ FERNANDES, EM ADRIANÓPOLIS-PR
Aluno: Herick Faust Daufenbach - PET - Curso de Geologia (MT) - Orientador: Eleonora Maria Gouvea Vasconcellos - Departamento de Geologia - Área de conhecimento: 10701028 - Palavras-chave: gabro josé fernandes; petrologia; rochas máficas - Coorientador: Elvo Fassbinder - Colaborador: Leonardo Fadel Cury.
O corpo intrusivo denominado Gabro José Fernandes, de caráter alcalino-básico, é um pequeno corpo circular de aproximadamente 3 km², localizado ao sul da cidade de Adrianópolis-PR. Os estudos realizados sobre esta intrusão são escassos, o que dificulta a revisão bibliográfica e o entendimento de sua associação magmática e de suas relações petrogenéticas. Nas proximidades do Gabro José Fernandes, há a ocorrência de dois tipos de rochas ígneas, ambas intrusivas, com gêneses distintas, os sienitos do Complexo Alcalino de Tunas e os diques básicos da Província Magmática do Paraná. Há autores que relacionam os gabros às rochas básicas, porém outros autores o relacionam com o magmatismo que gerou o Complexo Alcalino de Tunas, sendo assim de gênese alcalina. A idade obtida pelo método K/Ar para o Gabro José Fernandes é de 183 ± 9 Ma. Para o Complexo Alcalino Tunas, atribui-se 82,2 Ma e para as intrusivas básicas da Província Magmática do Paraná, 133 Ma. Assim o objetivo desse trabalho é posicionar o Gabro José Fernandes em uma dessas associações ígneas, analisando suas distintas fácies, diferenciando-as por meio de suas estruturas, texturas e composições mineralógicas, propondo, assim, uma evolução magmática e os processos de diferenciação ocorridos. Para isso, inicialmente, foi realizada revisão bibliográfica acerca da área de estudo e sobre casos análogos estudados em diferentes partes do mundo. Além disso, estão sendo descritas amostras mesoscópicas e lâminas petrográficas, utilizando microscópio óptico polarizador. A partir da realização de um trabalho de campo, objetiva-se a identificação das distintas fácies e a coleta de amostras para novas análises petrográficas. Em descrições de lâminas petrográficas preliminares, os principais minerais encontrados são plagioclásio, com teor de anortita variando de 35 a 50%, classificados como andesina e labradorita, clinopiroxênio, flogopita, opaco e apatita, subordinadamente zircão e quartzo. Os piroxênios são identificados como augita por possuírem cor castanha pálida com fraco pleocroísmo. Opaco e flogopita ocorrem geralmente como produto de alteração da augita. Com menor frequência ocorrem lentes de biotita primária. A apatita e o zircão aparecem como minerais acessórios. O projeto contará ainda com a utilização de espectrometria em fluorescência de raios X, objetivando principalmente a determinação dos óxidos maiores e tratamento geoquímico, além de MEV (microscopia eletrônica de varredura) com WDS acoplado, para análise de química mineral.