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Título
MUDANÇAS CLIMÁTICAS: RISCOS E VULNERABILIDADES SOCIOAMBIENTAIS NA RMC -- REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

Aluno: Francisco Jablinski Castelhano - IC-Voluntária - Curso de Geografia (M) - Orientador: Francisco de Assis Mendonça - Departamento de Geografia - Área de conhecimento: 10705023 - Palavras-chave: clima urbano; urbanização; qualidade do ar - Coorientador: Eliane Seraphini Dumke.

Um dos principais impactos negativos da degradação do ar incide sobre a saúde da população, comprometendo-a de maneira direta. Casos extremos como o ocorrido na cidade de Cubatão/SP (anos 1980) serviram de alerta para os graves problemas decorrentes da queda da qualidade atmosférica urbana em áreas industriais, ao mesmo tempo que evidenciou a necessidade do monitoramento constante das mesmas pelas instituições públicas. Danni-Oliveira (2000) estudou os reflexos da hiperdensificação da área central de Curitiba no clima urbano, tendo aferido alto comprometimento da qualidade do ar da cidade devido, principalmente, à intensa circulação de veículos automotores e à localização industrial. Curitiba e sua região metropolitana são monitoradas pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná) através de estações medidoras de qualidade do ar distribuídas nos municípios de Colombo, Curitiba, e Araucária. A rede conta com um total de 13 estações localizadas nos municípios citados. No presente estudo apresentamos as condições atuais da qualidade do ar nos pontos monitorados pela rede do IAP, para tanto, são analisados dados de qualidade do ar (gasosos e particulados) no período de 2003 a 2013. Os dados indicam que a poluição nos pontos de monitoramento esta gradativamente menor, apesar da frota de veículos e número de indústrias apresentarem uma ascensão constante. Esta redução da poluição muito provavelmente está relacionada a troca de combustíveis por outros menos poluentes no transporte coletivo, a melhoria da tecnologia nos automóveis e a falta de representatividade das estações de monitoramento situadas basicamente em três locais na região metropolitana. A concentração das estações no eixo norte-sul da RMC é um fator a ser analisado, tendo em vista a falta de pontos de monitoramento em outras localidades de igual importância e necessidade, o que sugere que a distribuição das estações deve ser repensada. Para a aferição de tal hipótese, foi levantada em campo, através de equipamentos rústicos, parâmetros de material particulado em suspensão, um dos principais poluentes da atmosfera urbana, tendo em vista que seu principal emissor é a queima de combustíveis fosseis, mas também poeira proveniente de construções civis, indústrias entre outras. Assim, foram selecionados pontos pela cidade que potencialmente apresentam vulnerabilidade a poluição atmosférica, baseado em fatores como densidade populacional, vias com transito pesado, presença de indústrias e densidade de construções.