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Título
ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO DO GENE MASP1 DO SISTEMA COMPLEMENTO COM O PÊNFIGO FOLIÁCEO
Aluno: Amanda Lameck Pinho - IC-Voluntária - Curso de Biomedicina (MT) - Orientador: Angelica Beate Winter Boldt - Departamento de Genética - Área de conhecimento: 20205007 - Palavras-chave: pênfigo foliáceo endêmico; masp-1; pcr multiplex - Coorientador: Iara José de Taborda Messias-Reason - Colaborador: Hellen Chris Weinschutz Mendes, Maria Luiza Petzl-Erler.
O Pênfigo Foliáceo Endêmico (PFE) é a única doença autoimune com caráter endêmico, acometendo cerca de 25 a 35 pessoas por milhão por ano. Sabe-se que é causada por autoanticorpos que reconhecem antígenos do desmossomo, especialmente anti-desmogleína 1, que podem ativar o sistema complemento, causando o rompimento da adesão entre células da epiderme e lesões bolhosas. A ativação do complemento pode ocorrer pelas vias clássica, alternativa e das lectinas, a qual é desencadeada pela atividade proteolítica das serinas proteases associadas à lectina ligante de manose (MASPs) ou às ficolinas. MASP-1 é uma proteína sérica sintetizada principalmente pelo fígado e codificada pelo gene MASP1, o qual também codifica outras proteínas, MAp44 e MASP-3, por processamento alternativo do pré-mRNA. Neste estudo, buscou-se avaliar uma possível associação entre dois polimorfismos localizados no intron 1 (g.4099G>A - rs7609662 e g.4780C>T - rs1306499), e dois polimorfismos na região não traduzida do exon 12 (g.57882C>G - rs72549262 e g.58208C>T - rs1109452) do gene MASP1, com a suscetibilidade ao pênfigo foliáceo endêmico. Para genotipar 100 amostras de pacientes de PFE sangue provenientes do Mato Grosso do Sul e 100 controles doadores de sangue (Hemepar, HC/UFPR), otimizou-se um novo protocolo de amplificação alélica por PCR seqüência-específica (PCR-SSP) multiplex. Nesta técnica, a haplotipagem física de cada par de polimorfismos investigados foi possível em apenas quatro reações, ao invés de oito reações de PCRs-SSP simples (com um único iniciador específico, associado a um iniciador genérico). Até o momento, identificou-se os genótipos de 82 controles, distribuídos em conformidade com o modelo de equilíbrio de Hardy-Weinberg. Identificou-se três haplótipos o intron 1, nas seguintes frequências: 63,2% GC, 26,3% GT e 10,5% AC, e três haplótipos do exon 12: 65 % CC, 24,3% CT e 10,5% GT. Em outro trabalho do nosso grupo, observou-se paralelamente que o haplótipo GT do intron 1 está associado a concentrações mais baixas de MASP-1, enquanto os haplótipos CT e GT do exon 12, o qual codifica exclusivamente para o domínio serina protease de MASP-3, estão associados com concentrações mais baixas de MASP-3. Este trabalho pioneiro será concluído com a tipagem dos 18 controles e 100 pacientes restantes, de forma a avaliar, se a modulação geneticamente determinada das concentrações de MASP-1 e MASP-3 está associada à suscetibilidade do pênfigo foliáceo endêmico.