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Título
EFEITO DO TRATAMENTO COM METILFENIDATO SOBRE A RITMICIDADE CIRCADIANA EM MODELO ANIMAL DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE

Aluno: Laura Simões da Costa Pinto - PIBIC/CNPq - Curso de Ciências Biológicas (M) - Orientador: Fernando Mazzilli Louzada - Departamento de Fisiologia - Área de conhecimento: 20702019 - Palavras-chave: ritmo circadiano; metilfenidato; shr - Colaborador: Bruno Jacson Martynhak, Roberto Andreatini.

A droga mais utilizada no tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é o metilfenidato. Um modelo animal que tem sido utilizado para estudo do TDAH é a linhagem de ratos SHR, que apresentam hiperatividade locomotora, impulsividade e problemas de atenção sustentada. O objetivo deste estudo é avaliar o efeito da administração de metilfenidato sobre a ritmicidade circadiana neste modelo animal. Em etapa anterior, os parâmetros do ritmo de atividade/repouso de ratos Wistar (WIS) e SHR foram avaliados por meio do registro da atividade locomotora, dados que foram utilizados para construção de actogramas e análise espectral. Ambas as linhagens mostraram-se sincronizadas ao ciclo claro/escuro. Não foram encontradas diferenças entre as linhagens quando a atividade motora foi comparada na fase clara, na fase escura e durante 24 horas. Em escuro constante, Ratos Wistar expressaram um período endógeno maior {24,73±0,29h} quando comparados aos ratos SHR {24,06±0,07h}. A segunda etapa do estudo foi o tratamento crônico com metilfenidato (MTP) 5mg/kg ou solução salina (SAL), realizado durante os dias úteis ao longo de três semanas. Os animais foram mantidos em gaiolas individuais em ciclo claro/escuro e a atividade locomotora foi registrada durante todo o experimento. Os dados da segunda e terceira semana de tratamento foram utilizados para as análises, com a construção de actogramas e utilização do método de Cosinor para avaliar a acrofase do ritmo. A administração de metilfenidato foi capaz de adiantar o horário de acrofase em ratos WIS e SHR em relação ao tratamento controle tanto na segunda semana de tratamento {WIS-SAL 3:28±0:42h; WIS-MTP 1:11±2:16h; SHR-SAL 3:15±1:29h; SHR-MTP 0:38±1:35h} quanto na terceira semana {WIS-SAL 3:23±1:48h; WIS-MTP 2:47±1:54h; SHR-SAL 2:38±0:52h; SHR-MTP 0:51±1:09h}. Esse adiantamento não se manteve nos finais de semana, momento em que os animais não eram manipulados. Por esse motivo, concluímos que o efeito do metilfenidato não caracterizou um adiantamento de fase e sim um mascaramento. O conjunto de resultados deste estudo não dá respaldo à ideia de que ratos SHR são um bom modelo para estudo do TDAH.