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Título
ESTUDO DA MICROENCAPSULAÇÃO DE ÁCIDO SALICÍLICO COM APLICAÇÃO DERMOCOSMÉTICA

Aluno: Mayra Bruna Fedalto - PIBIC/CNPq - Curso de Farmácia (MT) - Orientador: Sandra Maria Warumby Zanin - Departamento de Farmácia - Área de conhecimento: 40301001 - Palavras-chave: ácido salicílico; microencapsulação; dermocosméticos - Coorientador: Patrícia Pasqualim (Mestranda) - Colaborador: Gislene Mari Fujiwara.

O ácido salicílico é um beta-hidroxiácido, que quando aplicado topicamente e em concentração adequada, apresenta efeito queratolítico, podendo ser utilizado no tratamento de pele seca, queratoses e verrugas, acne, psoríase entre outras hiperqueratoses. Além de suas propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas, ele é capaz de melhorar rugas e linhas finas provocadas pelo envelhecimento. Porém, para sua estabilização em dermocosméticos, o ácido salicílico exige formulações com baixo pH, limitando o número de formas farmacêuticas disponíveis para a sua incorporação. A microencapsulação de ativos é uma tecnologia que tem sido cada vez mais utilizada nas áreas farmacêutica e cosmética. Trata-se de diferentes técnicas de revestimento na qual um material interno é recoberto por um material de revestimento. Já bem elucidado para fins farmacêuticos, a microencapsulação do ácido salicílico auxilia na redução de casos de intoxicações pelos salicilatos, além de aumentar sua estabilidade e promover liberação prolongada. Diante das características físico-químicas do ácido salicílico, fator limitante à incorporação em formas de utilização de baixo pH, a  encapsulação é uma alternativa de solução desse problema, além da melhora da estabilidade do produto. Foi proposto um estudo para a escolha da técnica mais adequada para a microencapsulação do ácido salicílico com aplicação dermocosmética. O método de gelificação iônica externa, utilizando alginato de sódio como material encapsulante, não foi adequado. Ao microscópio óptico foi observado deposição de cristais de ácido salicílico na superfície das micropartículas, ou seja, não encapsulados. Esta migração do ácido está relacionada a propriedades pH dependentes como variabilidade de porosidade do gel, forma dissociada e não dissociada do ácido no meio de solubilização e recristalização após processo. O método de encapsulação lipídica com cera de abelha e óleo de rícino apresentou-se adequado, com eficiência em torno de 80% e micropartículas de tamanho uniforme vistas ao microscópio óptico.