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Título
POTENCIALIDADES ALELOPATICAS DE ESPECIES MEDICINAIS COM INTERRESSE

Aluno: Luiz Fernando Candido - PIBIC/CNPq - Curso de Engenharia Química (MT) - Orientador: Marilis Miguel Dallarmi - Departamento de Farmácia - Área de conhecimento: 40301001 - Palavras-chave: alelopatia; dalbergia brasiliensis; buddleja stachyoide - Coorientador: Daniella Maria Soares de Oliveira, Luciane Dalarmi.

A alelopatia é o efeito direto e/ou indireto de determinada planta sobre outras em sua vizinhança, via produção e liberação de substâncias químicas para o ambiente, sendo um mecanismo importante que influência na dinâmica da população das plantas e responsável por alterações expressivas na densidade, na diversidade e no desempenho das espécies, resultando em alterações na sustentabilidade dos agrossistemas. Portanto, a identificação da atividade alelopática em espécies de plantas, cultivadas ou nativas, assume grande importância no papel ecológico que elas desempenham no ecossistema, e mais relevante ainda, em relação ao seu potencial herbicida, afim de controlar espécies de plantas daninhas, considerado um dos principais problemas no desenvolvimento da atividade agrícola, uma vez que a agricultura moderna faz uso excessivo de agrotóxicos, prejudiciais à saúde humana, portanto, desta forma torna-se necessário à busca de novos produtos, que não causem prejuízos ao meio ambiente e à saúde do homem. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade alelopática dos extratos e frações das espécies Buddleja stachyoides e Dalbergia brasiliensis, sobre a germinação e o crescimento de Lactuca sativa (alface) e de Allium cepa (cebola), verificando-se a possibilidade de uso como herbicida natural. Os extratos brutos foram obtidos por extração em aparelho de Soxhlet e as frações hexano, clorofórmio, acetato de etila e hidroalcoólica remanescente por método de partição líquido-líquido. Para o bioensaio de germinação foram semeados trinta diásporos das espécies alvo (alface e cebola) distribuídos aleatoriamente, em quatro repetições das concentrações de duzentas e cinquenta, quinhentos e mil microgramas por mililitros dos extratos e frações. A germinação foi acompanhada por sete dias e em seguida avaliou-se o índice de velocidade de germinação (IVG). Após sete dias da protrusão radicular, mediu-se o alongamento da raiz e do hipocótilo/coleóptilo (dez plântulas por placa) utilizando-se papel milimetrado. Os resultados das leituras de crescimento foram submetidos ao Teste de Scott-Knott para comparação das médias que também foram comparadas em porcentagem, considerando-se o tratamento controle com água destilada de cem porcento.