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Título
USO DE MEDICAMENTOS E DOENÇAS PREVALENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI) EM CURITIBA, PR
Aluno: Layssa Andrade Oliveira - PET - Curso de Farmácia (MT) - Orientador: Nilce Nazareno da Fonte - Departamento de Farmácia - Área de conhecimento: 40000001 - Palavras-chave: polimedicação; farmacoterapia; envelhecimento - Colaborador: Lais Grenda Harnisch, Nicolas Granza Barbosa, Taís Tereziano Barros.
Um dos propósitos do Programa de Educação Tutorial (PET) é proporcionar aos seus integrantes formação acadêmica complementar, por meio de atividades integradas, coletivas e interdisciplinares. Assim, o grupo PET-Farmácia/UFPR desenvolve projeto de ensino/pesquisa/extensão voltado ao conhecimento e intervenção quanto ao uso de medicamentos por idosos institucionalizados. A literatura mundial aponta para o envelhecimento da população em geral, levando ao aumento de doenças crônicas e consequente prática da polimedicação, exigindo cada vez mais a formação de profissionais aptos a atuar nesse contexto. Este trabalho visa apresentar os resultados preliminares quanto à prevalência de enfermidades e medicamentos consumidos por 29 idosas moradoras em uma ILPI de Curitiba. Após definição da Instituição parceira, contato e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, os prontuários foram avaliados enfocando o estado clínico, patológico e farmacoterapêutico das idosas. Então, foram elencadas as doenças mais prevalentes, existentes em pelo menos 24% das idosas, sendo Alzheimer (58,62%) a mais recorrente, seguida de Hipertensão (41,37%); Diabetes e Hipotireoidismo (27,58%); Acidente Vascular Cerebral (AVC), Depressão, Insônia, Insuficiência Cardíaca Congestiva e Osteoporose (24,13%). O consumo médio de diferentes medicamentos foi de 10,31, numa faixa de no mínimo 2 a no máximo 20 medicamentos por idosa. De um total de 95 medicamentos, os mais prevalentes foram: 1) ácido acetil salicílico (55,17%); 2) Enalapril, Omeprazol e Paracetamol (48,28%); 3) Levomepromazina (41,38%); 4) Fluoxetina (37,93%); 5) Carbonato de Cálcio + vitamina D (34,48%); 6) Metformina, Sulfato Ferroso e Sinvastatina (27,59%); 7) Anlodipino, Colecalciferol, Levotiroxina e Diazepam (24,14%). Estes dados são alarmantes, já que a Instituição não conta com o trabalho de profissional farmacêutico, entretanto todas as moradoras fazem uso de polimedicação, sem qualquer acompanhamento quanto à administração e possíveis interações e reações adversas. Sabe-se que o uso inadequado de medicamentos, principalmente em polimedicados, pode agravar o estado patológico e inclusive provocar o surgimento de novas patologias. Cabe observar, por exemplo, que apenas 35,29% das idosas diagnosticadas com Alzheimer fazem o tratamento farmacológico com anticolinesterásicos, conforme prevê o protocolo farmacoterapêutico. Estes dados, entre outros, alertam para a necessidade de políticas públicas voltadas a essa parcela da população, evitando o uso de medicamentos sem acompanhamento farmacêutico.