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Título
REVESTIMENTO BIOPOLIMÉRICO DE PARTÍCULAS PARA IMAGENS ULTRASSÔNICAS
Aluno: Larissa Antoniacomi dos Santos - PIBIC/Fundação Araucária - Curso de Farmácia (MT) - Orientador: Ana Cristina Camarozano - Departamento de Farmácia - Área de conhecimento: 10601074 - Palavras-chave: quitosana; microvesículas; ultrassom - Coorientador: Rilton Alves de Freitas - Colaborador: Guilherme Fadel Picheth, Gabriel Torres Kaminski, Maria Rita Sierakowski.
Introdução: Os agentes de contraste ultrassônicos ou microvesículas (Mv) são partículas gasosas estabilizadas por uma fina camada de biomateriais que lhe conferem capacidade oscilatória sob um campo ultrassônico. Recentemente, a utilização de biopolímeros vem sendo empregada a fim de prover maior estabilidade e biocompatibilidade para materiais a serem utilizados em meios biológicos. Objetivos: Incorporar o polímero de origem natural quitosana sobre a estrutura lipídica das Mv para gerar um novo sistema de melhoria de imagens ultrassônicas, avaliando o papel deste biopolímero na estabilização do sistema. Metodologia: As Mv foram formadas com o fosfolipídio 1,2-Distearoil-sn-glicero-3-fosfocolina (DSPC, 10 mg/mL) e quitosana (1 mg/mL, pH 3) pela técnica emulsão seguida de rotaevaporação. Em seguida, foi incorporado o gás decafluorobutano às Mv através de sonicação da solução, para assim, obter o núcleo gasoso com capacidade ecogênica. As partículas foram analisadas quanto à capacidade de interação entre o biopolímero e a camada fosfolipídica pelas técnicas de microscopia de força atômica (AFM), microbalança de cristal de quartzo (QCM), infravermelho (FTIR), microscopia óptica e de fluorescência e tensiometria. Resultados e Conclusões: Foi possível formar o sistema de Mv revestidas com quitosana com o núcleo gasoso e estas permaneceram estáveis durante os experimentos. As técnicas de QCM e tensiometria comprovaram a interação efetiva entre a camada fosfolipídica e a quitosana, mostrando que o biopolímero reorganiza as moléculas de DSPC na interface, promovendo a redução do tamanho das partículas e diminuição da perda do núcleo gasoso. As características de estabilidade desta nova partícula podem contribuir ao diagnóstico clínico, uma vez que permitem um maior tempo para o exame ultrassonográfico.